Por Emplumadinho
Quem estiver interessado em ver a foto está no EXTRA online.
Escola caindo aos pedaços em Nova Iguaçu
Cintia Cruz Cintia Cruz
Quando se mudou de Bangu para Nova Iguaçu, a dona de casa Michelle Costa, de 31 anos, pensou que a filha estaria num lugar mais seguro. Mas a estudante Tathiane Costa da Silva, de 14 anos, ainda convive com vários riscos. O perigo vem de onde menos poderia se esperar: da sala de aula. Desde julho, alunos e professores da Escola Municipal Kerma Moreira Franco, em Austin, fazem malabarismos para evitar acidentes no prédio, que apresenta rachaduras e buracos no teto.
— É a primeira vez que vejo uma coisa dessas. O problema lá (Bangu) é que o colégio ficava perto de favela, mas, fora isso, era tudo normal — lembra Michelle.
Segundo Tathiane, professores fazem malabarismos para evitar acidentes:
— Para dar aula, meu professor tirou a gente debaixo da parte rachada do teto. Outros preferem dar aula na quadra, porque dizem que não aceitam esta situação.
A Secretaria municipal de Educação negou que a escola corra risco de desabamento. Segundo ela, duas salas estão fechadas "por precaução, já que a unidade passou por reforma na parte elétrica e um erro no tamanho da calha de iluminação provocou a queda de placas de gesso". Anteontem, após a secretaria ser procurada pelo EXTRA, começaram os reparos nas salas de aula.
O problema na escola teria se agravado após uma obra na parte elétrica feita nas férias de julho. Os tetos rebaixados foram quebrados para o serviço e não houve reparo. Nas salas do segundo andar, há rachaduras inclusive no chão.
— Na semana passada, uma parte do teto desabou e quase atingiu um aluno do 9 ano — disse uma estudante, que, no entanto, não quis se identificar.
Além de serem liberadas às 10h em alguns dias da semana, devido à falta d‘água, as crianças ainda convivem com goteiras, em dias de chuva.
Com duas filhas estudando no colégio, a comerciante Suzilene Sampaio de Cerqueira, de 34 anos, já pensa em tirar as meninas da unidade em Austin.
— Estou tentando trocá-las de escola. Depois que um teto cair na cabeça de uma criança, a única solução será levar ao cemitério. Só nos deixam entrar e ver as salas em época de reunião — criticou.
Cedae promete reparo
A Secretaria de Educação de Nova Iguaçu também negou que os alunos estejam estudando na quadra da Escola Municipal Kerma Moreira Franco. E mais: informou que duas turmas do 7º ano estão sendo divididas e colocadas em outras turmas da mesma série, sem perda do conteúdo pedagógico.
Com relação aos ratos, uma equipe de desratização já esteve na escola para mapear as tocas e colocar o raticida. Os alunos, segundo a nota, teriam sido liberados apenas por três dias, devido à falta d‘água que foi comum em todo o bairro.
A Cedae garantiu que a unidade está abastecida. No entanto, suspeita-se que exista algum problema interno, como vazamento na cisterna ou no sistema hidráulico interno. A companhia prometeu procurar a Secretaria de Educação de Nova Iguaçu para ajudar a solucionar o problema.
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