Por Carlos Gilberto Triel
Ouvindo Gabriel Barbosa se insurgir pela Rádio Tropical, contra os revoltados pela “incompetência da prefeita de Nova Iguaçu”, têm-se a idéia do que se gasta em promoção pessoal para se manter bom, bonito e feliz diante da opinião pública, no Brasil e nos EUA.
O New York Time tira um milhão de exemplares aos domingos. Não chega nem perto da audiência do comunicador Rush Limbaugh: 20 milhões de ouvintes; o sujeito que ressuscitou o AM nos EUA. Um simples abraço dessa fera nas ondas do rádio custa ao cliente uns 300 mil dólares.
No Brasil, o padre Marcelo Rossi, tem uns 380 mil ouvintes nessa faixa do dial. Mas o santo homem, não faria uma coisa dessas, como disse, é um santo. Talvez, se visse o nobre prefeito consorte, ajoelhado, alma constrita, como no dia da festa da cidade, quem sabe um alô ou mesmo abraço de graça.
Mas, o fato é que Gabriel Barbosa fala nas manhãs da Rádio Tropical ao custo zero. Impassivelmente chapa branca na defesa da prefeita; mantém o prestígio apesar da cara de pau de defender o que só ele vê. Tanto que sua audiência no Ibope bate com sobras os jornais da região, inclusive o Extra.
Guardadas as proporções do Estado em relação à Baixada, fatores como os da Serra do Madureira impede outras rádios, inclusive as FM sejam ouvidas em Nova Iguaçu e, a danada da sorte proporciona ao radialista uma condição privilegiada por essa circunstancia de área de apagão nas suas concorrentes.
E por ironia essa significativa audiência é subestimada no próprio governo. Gabriel consegue dentro do seu espaço de ação neutralizar em diversas ocasiões a militância partidária, porque usa como mecanismo essencial a mesma estratégia dos opositores, ou seja, atemoriza com o igual veneno.
E fica todo o staff da prefeita dando murro em ponta de faca, insistindo em medir forças com o poder substantivo, infiltrado na administração pública que, boicota, exige direitos inexistentes e, que redireciona os insatisfeitos das causas justas, às maria-vai-com-as-outras que se deixam manobrar.
E é aí que o Sr. Aluisio Gama bate cabeça querendo saber onde foi que errou - por que não dá certo aquilo que foi litúrgico em 90? E se pergunta a si e ao pai eterno, pela política trocada em miúdos, dos vereadores subprefeitinhos, do povo bobo interagindo! Aqueles anos foram perfeitos!
Aquilo acabou, senhor. Só se renasce das cinzas, a lenda. Naquela época a direita se gabava que ganhar uma eleição era ter o poder. O tempo passou, e se ganhar fosse mesmo ter o poder, Collor não seria derrubado. Hoje, é essa militância aguerrida do PT que destrona quem quiser e aonde estiver.
Repete com Sheila Gama a mesma coisa da Yeda Crucius no Rio Grande de Sul. A militância do PT saiu da cúpula mas não da administração; e sempre mais atuante. E não vai ser agência de publicidade, para falar de um trem suspenso, como nova imagem de governo que restaurará o estrago.
O último esculacho em frente ao Paço tende a crescer . Quem nesse governo tem peito e disposição para encarar todo esse paradigma das almas de bem e de almas penadas? Vereadores cada vez mais insaciáveis, um executivo omisso e capenga ou uma prefeita a beira de um ataque de nervos? Pensem nisso.
Carlos Gilberto Triel é jornalista. E apresenta a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:55hs Rádio Tropical 830AM.www.tropical830am.com.br
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