Eleição para senador NÃO está definida

Por Emplumadinho

Para aqueles que consideram a eleição para o Senado favas contadas, quero lembrar o que aconteceu em 2006, quando, no Rio , a Jandira Feghali (PC do B) tinha 12 pontos de vantagem nas pesquisas e perdeu para o Francisco Dorneles (PP) por 8 pontos. Ainda segundo as pesquisas, havia 22% de indecisos em 17 de setembro de 2006. E tem mais: também em 2006, só que em São Paulo, o Eduardo Suplicy (PT) tinha 17 pontos de vantagem sobre o Afif Domingos (DEM), mas só venceu com 5 pontos a mais.

Este ano, temos 32% de indecisos (10% a mais que em 2006) na última pesquisa do Datafolha (publicada em 20 de setembro), e um fator que torna as pesquisas menos precisas: este ano, serão dois senadores eleitos. Com certeza, quando uma pessoa é entrevistada, o primeiro nome para o Senado é dado com mais convicção do que o segundo. Assim, a chance do segundo voto ser alterado é maior do que a do primeiro voto. Porém, os institutos de pesquisa não separam as respostas em primeiro e segundo voto, o que, na minha opinião, torna o resultado final muito mais difícil de ser previsto.

Logo, mais do que para qualquer outro cargo em disputa, NA MINHA OPINIÃO a eleição para senador é aquela onde devem ser concentrados mais esforços, porque será decidida apenas nos últimos dias da campanha.

Conclusão: para aqueles que pensam que tudo já esteja decidido mas que não estejam gostando do que vêem (como eu, por exemplo), prego o chamado voto útil, para que possamos, se não eleger alguém com quem sejamos afinados ideologicamente, ao menos afastar de Brasília AQUELE a quem consideramos tudo de ruim...