21.9.10

CPI da Previni

Por Claudia Maria

As notinhas abaixo estão no Informe do Dia de sábado e hoje tem mais matéria na página de Economia. Trata-se do resultado da CPI da Previni comandada pelo vereador Thiago Portela. O relatório ainda tem que ser lido em plenário.


Extratos bancários falsificados foram utilizados para encobrir aplicações financeiras ilegais com o dinheiro de aposentados e pensionistas de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A fraude foi apontada pela CPI do Previni, o fundo de pensão dos funcionários da cidade.

Cerca de R$ 10 milhões foram usados para comprar papéis (debêntures) da Casual Dining S/A, segundo a CPI. A empresa tem o mesmo endereço da Casual Dining Participações S/A, responsável pela emissão de título em que foram investidos, de maneira irregular, R$ 60 milhões do Previ-Rio, fundo da Prefeitura do Rio.

Previni e Previ-Rio
De acordo com o relatório da CPI - entregue na sexta-feira à Presidência da Câmara de Nova Iguaçu -, um dos responsáveis pela aplicação foi Luciano Otávio Dutra Leite Barbosa Filho, diretor administrativo e financeiro do Previni entre 2005 e 2009. Barbosa Filho ocupava o mesmo cargo no Previ-Rio em janeiro de 2010, quando o dinheiro deste fundo foi aplicado em título da Casual Dining. Ele foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual.

Rumo do dinheiro
Segundo a CPI, R$ 11 milhões foram depositados, em julho e agosto de 2008, em agência do Banco Real na Barra. Extratos entregues ao Previni por Barbosa Filho indicavam que o dinheiro fora investido no próprio banco. Mas R$ 10 milhões haviam sido usados, em 2008, na compra de papéis recém-lançados da Casual Dining - operação não informada ao Previni. A pedido da CPI, o Banco Real emitiu extratos que comprovaram a falsidade dos anteriores. Em fevereiro de 2010, o dinheiro foi devolvido.

CPI responsabiliza ex-prefeito
O ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, é acusado pela CPI de medidas que causaram um prejuízo de cerca de R$ 400 milhões ao Previni. Segundo o relatório, ele cometeu crime de apropriação indébita ao permitir que a prefeitura ficasse com recursos do fundo. Na noite de sexta-feira, Lindberg negou as acusações e atribuiu os problemas do Previni à administração anterior que, segundo ele, não repassou contribuições previdenciárias.

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