29.9.10

Matéria publicada hoje no Extra

Letícia Vieira

Sem prazo para terminar

Após 4 anos, escola de Nova Iguaçu é inaugurada com obra inacabada
Quatro anos e meio após o início das obras, foi inaugurada a Escola Municipal França Carvalho, no bairro da Prata, em Nova Iguaçu. A festa de abertura, que deveria ter acontecido em 2006, foi realizada na última segunda-feira, dia 17, mas não representou o fim da espera. Algumas áreas da escola foram isoladas dos alunos, porque não foram concluídas e representam uma ameaça à segurança.

A quadra de esportes que fica em cima do prédio ainda não tem condições de ser aberta aos alunos. Num mezanino, que fica no segundo andar, será instalada a midiateca (biblioteca com videoteca). O espaço continua vazio e foi fechado com um tapume, pois não foram construídas paredes ou qualquer tipo de proteção para impedir a queda dos alunos.

Passagem descoberta
A simples ida ao banheiro pode representar um transtorno. As crianças precisam usar a rampa, ficando sujeitos à chuva, pois a passagem não tem cobertura.

— Esperava que tudo estivesse pronto, que desse para ir lá em cima (na quadra) brincar. A gente faz educação física no pátio, porque não tem outro lugar — conta Gustavo Reis Ferreira, de 10 anos, estudante do 5 ano.

Em julho, a secretária municipal de Educação, Dilcéia Quintela, havia se reunido com pais de alunos. A promessa era de que a unidade teria as obras retomadas para depois ser aberta. Após dois meses, os planos mudaram: o projeto foi entregue à comunidade incompleto.

Alterações no projeto para garantir segurança
A Secretaria municipal de Educação de Nova Iguaçu informou que o projeto da escola precisou sofrer alterações para garantir a segurança dos alunos. Ainda de acordo com a secretaria, a unidade teve a inauguração antecipada para retirar os estudantes do prédio que abrigava a escola, devido à precariedade do local.

Já a assessoria de imprensa de Nova Iguaçu informou que não há prazo para a entrega da midiateca, da quadra de esportes e de um campo de futebol que será construído ao lado do colégio. Deverá ser feita uma nova licitação para a conclusão e a adaptação desses espaços. No projeto inicial, já foi gasto R$ 1,2 milhão.
A presidente da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização de Obras Públicas no Bairro da Prata (Coafisop), Eliane Martins, considera inaceitável a abertura da escola sem estar concluída.

— Como as pessoas são carentes, aceitam tudo do jeito que está. Acho um absurdo entregar a escola inacabada com a promessa de um dia terminar — disse ela.

Um comentário:

andressa eliane disse...

Olha, a COAFISOP não tem presidente...mais uma vez a jornalista atribuiu um posto que não existe...e isso é um problema,porque gera ciúmes e fofocas...na verdade as pessoas deveriam ao ler, ter a consciência que mais uma vez se está falando a verdade sobre uma obra que tem muito que ser questionada...agora não mais só sobre os aspectos de durabilidade,segurança e funcionalidade e etc...mas também de prestação de contas dos valores gastos...e isso, só o MP pode fazer...é mais um inquérito para Lindberg responder...e este é o momento de sair do âmbito municipal e mostrar ao Estado que Senador ele será!
Olha, o que ainda funciona neste país é o apoio da imprensa, na busca pela apuração das diversas denúncias...se não fosse isso...tcham...tcham..tcham...erenices ainda seriam erenices...
E só prá não esquecer:LINDBERG NUNCA MAIS!!!!!!!!