Por Carlos Gilberto Triel
Os jornais de São Paulo estão investigando a denúncia de que deputados estaduais recebem propinas para aprovação de emendas no orçamento. E quem se destaca é o ex-deputado e guitarrista José Antônio Bruno, dissidente da Igreja Renascer.
Bruno, fundador da Associação de Comunicação Brasileira Gospel, é dono de emissoras de rádio e televisão em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina e um dos mais conhecidos empresário de bandas evangélicas.
José Bruno se defende dizendo que tudo não passa de dor de cotovelo e, que as acusações fazem parte de uma tórrida vingança dos dirigentes da Renascer, que ele abandonou depois de 17 anos de militância para fundar o seu próprio negócio.
Os jornais começam a investigar e muito mais revelações estão por vir, o que dá uma idéia do real objetivo desses empreendimentos é que em nome de Deus, as falcatruas viraram religião e, estão prontas a rebater que tudo não passa de perseguição religiosa.
As atividades ilegais de políticos ligados a seitas evangélicas são deliberadamente misturadas a instituições aparentemente sérias, dando-lhes caráter de idoneidade compostas por empresários, autoridades policiais e até magistrados.
Essas entidades ligadas a instituições religiosas raramente são investigadas e, alem dos benefícios fiscais, são suspeitas de pirataria e lavagem de dinheiro no exterior. Em suma, o que começa a se descoberto em São Paulo tende a se espalhar pelo país.
A partir do caso paulista, inaugura-se um novo viés em termos de investigação e, segundo o deputado Roque Barbiere do PTB, principal denunciante do esquema de propinas, foram desviados 100 milhões para contratação de funcionários fantasmas.
O que esses empresários do ramo político e religioso não percebem é que tudo tem seu tempo e ciclo. Nos anos 80 na Colômbia, se tinha a mesma certeza, desses anos de impunidade, de que a corrupção duraria a vida eterna e, o que mataram de juízes foi um assombro.
Bom, aqui em nossa região, políticos de bíblia debaixo do braço, repetem a velha fórmula da picaretagem da fé, e negociam cargos, comissões e o por fora, e de tão seguros de si, perdeu-se a noção do perigo e crêem que são mesmos abençoados...Pela lei.
Carlos Gilberto Triel é jornalista. E apresenta a Oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br
2 comentários:
No império Romano já se sabia que pão e circo era a solução. Nos Tempos de hoje, são as casas BAHIAs com suas ofertas e a bolsa miséria. De resto o pessoal cata uma latinha pra vender, ou monta uma banca de camelo para dar dinheiro pro fiscal da prefeitura.
No império Romano, Pilatos perguntou ao povo, quem este escolheria entre um bandido e um homem sem nenhum desvio de conduto; o povo escolheu o bandido.
De lá para cá, não mudou muito a postura da sociedade brasileira (claro que não generalizando) que escolhe sempre aquele que venha oferecer um ganho pessoal, a famosa boquinha. Aquele que de fato trabalha e cumpre com o seu papel de cidadão, é considerado otário, mané, maluco, fora da realidade............
Ficam todos em sua zona de conforto, sujando e desordenando e cobrando soluções; soluções estas que a sociedade como um todo terá que pagar para solucionar.
Talvez fosse lógico os rotulados de manés, malucos, otários passarem a ser malandros destruidores desordenados, acelerando o processo de transformação social. O Brasil ocupa o 3º lugar no mundo em corrupção; talvez a idéia dos que ocupam os espaços públicos, seja ocupar o 1º lugar, daí a justificativa para tanta corrupção.
saudações socioambientais
Gilvoneick de Souza José - DAMGEMT / Rede Ambiente TV / APEDEMA RJ / SINTIERJ
É por isso que gosto do Gil,vai direto ao ponto...resumindo, Nelson Rodrigues estava certo:a unanimidade é burra!
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