Flaminio disse...
Aproveito o ensejo para desejar ao novo Secretário Municipal de Saúde, Henrique Jonhson, um bom trabalho na SEMUS-NI que começou bem a sua gestão fortalecendo a Saúde do Trabalhador e RECOMENDO ao mesmo a observação da Política Nacional de Humanização: Humanizar o SUS para fortalecer o SUS e construir o direito essencial à saúde de todo cidadão brasileiro. O item que quero comentar aqui para o novo Secretário Municipal de Saúde desta Política Nacional de Humanização implementada pelo Ministério da Saúde é a Gestão Participativa. Algumas formulações desta Política Nacional apontam o acordo entre desejos e interesses tanto dos usuários quanto dos trabalhadores e gestores através de “Contratos de Gestão”. No âmbito interno deste acordo de partes temos metas em três grandes eixos:
1. Ampliação do Acesso e Qualificação e Humanização da Atenção.
2.Valorização dos Trabalhadores e Implementação de Gestão Participativa.
3.Garantia de Sustentabilidade da Unidade de Saúde.Este “Contrato de Gestão” deve ser acompanhado e avaliado em Comissões com a participação de trabalhadores, usuários e gestores.
Outro elemento da Gestão Participativa é a instituição de Colegiados em vários níveis de gestão e de poder. “O modelo de gestão que estamos propondo, é centrado no trabalho em equipe, na construção coletiva (planeja quem executa) e em colegiados que garantem que o poder seja de fato compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações construídas coletivamente.” cartilha da PNH – Política Nacional de Humanização / Gestão Participativa * Co-Gestão) A Cartilha do PNH para a Gestão Participativa no SUS está disponível para download no seguinte endereço:
http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/impressos/folheto/04_1164_FL.pdfBoa Gestão
4 comentários:
Amigo Flamínio: Você cita a Gestão Participativa. Tivemos uma secretária de saúde que instituiu os tais Colegiados em vários níveis de gestão e de poder. Mas creio que o General Lindberg não adota esse modelo, não. A se crer em todos os desmandos que temos lido na imprensa, inclusive nesse blog, esse conceito é difícil de ser compreendido por essa gente. Também desejo sorte ao novo Secretário de Saúde, este sim, mais humano e inegavelmente técnico; esperemos que tenha governabilidade para executar as ações necessárias para, inclusive, consertar os malfeitos da antiga secretária. Ao que tudo indica, já que se prontificou a restabelecer a normalidade em uma situação que já vinha se tornando crítica pela falta de visão da ex (ou falecida) secretária, ele compreende o conceito do trabalho em equipe, da construção coletiva (planeja quem executa) e em colegiados que garantem que o poder seja de fato compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações construídas coletivamente. Mas, veja bem, amigo Flamínio e leitores desse blog, quero também contribuir com algumas informaçãoes sobre procedimentos de alta complexidade que Nova Iguaçu paga... Observem o alto índice de mortalidade. Seria o caso de se perguntar: Quem regula a alta e média complexidade, e que critérios a Secretaria de Saúde tem usado para essa regulação? Não seria também o caso de se discutir o porque desse alto índice de mortalidade??? E também, vamos combinar: Porque não fazer do HGNI um Hospital de Referência em Cardiologia? Os técnicos que lá trabalham e alguns da Secretaria de Saúde nunca tiveram nada a opor.
Procedimentos hospitalares do SUS - por local de residência - Rio de Janeiro
Município: Nova Iguaçu
Cirurgia cardíaca:
Cirurgia Cardiovascular Adulto, Cirurgia Cardiovascular Pediátrica, Cirurgia Cardiovascular Adulto e Pediátrica,Marcapasso, Cirurgia Vascular, Cardiologia Intervencionista, Procedimentos Endovasculares, Eletrofisiologia
Período:Nov/2006-Nov/2007
Município Nova Iguaçu
Internações - 358
Valor Total - R$ 932.383,69
Taxa de Mortalidade - 5,32%
Caríssimos Almeida e Cláudia Maria:
Ponham este e o comentário anterior na tela, se possível. E ampliando a informação, no comentário anterior, quando me refiro a uma Secretária de Saúde que tivemos e que SABE o que é Gestão Participativa em Saúde, refiria-me à Dra. Suely Pinto (claro). Não seria a super super quem perderia tempo em executar ações técnicas, muito menos corretas.
Olá amiga Marina.
Sobre a proposta de tornar o HGNI em Hospital de Referencia em Cardiologia, creio que esta idéia merece atenção e estudo, pois ainda acrescento aos números do SIH que voce mencionou em seu comentário, os números fornecidos pelo CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde quanto à Leitos clínicos e Leitos cirurgicos existentes em Nova Iguaçu por período e Tipo de prestador em cardiologia:
FONTE: CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - Rio de Janeiro
Qtd existente por Leito e Ano/mês competência.
Município: Nova Iguaçu
Tipo de Prestador: Público, Filantropico, Privado, Sindicato, Não informada
Leito clínico : Cardiologia
Período:Nov/2006-Nov/2007
Média total de Leitos clínicos / Todos os prestadores – 11,38
Média total de Leitos clínicos / Privado - 11,38
Leito cirurgico: Cardiologia
Período:Nov/2006-Nov/2007
Média total de Leitos cirúrgicos/ Todos os prestadores – 30,15
Média total de Leitos cirurgicos/ HGNI - 27
Vale à pena observar que o prestador privado detém os Leitos clínicos e o HGNI a maioria dos Leitos cirúrgicos.
Quanto à "Gestão Participativa" ... isto não é algo que o Prefeito tem gostar ou não, ou coisa da cabeça sonhadora de um ou outro Secretário de Saúde ... faz parte de ações de uma Política Nacional de Saúde de transversalização (a PNH-Política Nacional de Humanização, o Humaniza SUS). É objetiva, tem regras e métodos, tem formulações.É compromisso e responsabilidade de uma Gestão do SUS.Parabéns para quem implanta.Parabéns para quem fortalece.São boas práticas de gestão!
Flaminio Freitas - Cidadão e Profissional de Saúde
HumanizaSUS – Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/DB_PNH.pdf
Dispositivos da PNH
Para a viabilização dos princípios e resultados esperados com o HumanizaSUS, a PNH opera com os seguintes dispositivos, aqui entendidos como “tecnologias” ou “modos de fazer”:
Acolhimento com classificação de risco;
Equipes de referência e de apoio matricial;
Projeto terapêutico singular e projeto de saúde coletiva;
Projetos de construção coletiva da ambiência;
Colegiados de gestão;
Contratos de gestão;
Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”, ouvidorias, grupos focais e pesquisas de satisfação;
Projeto “Acolhendo os Familiares/Rede Social Participante”: Visita Aberta, Direito de Acompanhante e Envolvimento no Projeto Terapêutico;
Programa de Formação em Saúde e Trabalho e Comunidade Ampliada de Pesquisa;
Programas de qualidade de vida e saúde para os trabalhadores da saúde;
Grupo de Trabalho de Humanização.
Observação: esses dispositivos encontram-se detalhados em cartilhas,textos, artigos e documentos específicos de referência, disponibilizados
nas publicações e site da PNH:
http://www.saude.gov.br/humanizasus
(pag.19 a 21)
Flaminio Freitas - Cidadão e Profissional de Saúde
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