Caros amigos, neste blog vocês leram sobre o sequestro do Dom Adriano. Só para falar mais um pouco deste religioso que preferiu ficar ao lado dos pobres e, em razão do ocorrido, a repercussão que deu o sequestro. Segue a nota emitida para Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, no dia 23 de setembro de 1976, um dia após o sequestro.
Nota da CNBB
A opinião pública de todo o Brasil foi informada do ato de terrorismo acorrido ontem à noite, do qual foram vítimas Dom Adriano Hypolito e seu sobrinho, Fernando Leal Webering, cujo carro foi feito explodir posteriomente diante da sede da CNBB.
A presidência da CNBB reunida com a Comissão Episcopal Pastoral, em sua sessão ordinária, julga de ser dever pronunciar-se a respeito:
1- Manifestando de público sua mais incondicional solidariedade com seu irmão no episcopado, Dom Adriano, que na Igreja de Nova Iguaçu vem dando admirável exemplo de testemunho cristão a favor dos desvalidos, incluindo na mesma solidariedade o seu sobrinho Fernando.
2 - Reafirmando que considera uma glória para a Igreja do Brasil o fato de seus filhos serem objetos de sanha daqueles que, no seu fanatismo primário, são incapazes de compreender o profundo sentido criatão do compromisso com os oprimidos, confundindo-o com inspirações ideológicas que radicalmente repudiamos. A Igreja conhece a sordidez das armas empregadas contra seus filhos e, num ato como esse, na consequência de outros fatos sangrentos, longe de se atemorizar, ela enche de júbilo, na certeza de ser julgada digna de milenar tradição daqueles que selaram com o sangue o seu testemunho cristão.
3 - Agradecendo, em nome das vítimas, as inúmerqas provas de solidariedade em que vêm recebendo de todos os recantos do Brasil.
4 - Renovando, nesta circunstância, o seu repúdio a todas as formas de terrorismo e de violência, donde quer que venham e a quem quer que atinjam.
Notas deste blog: ainda a respeito de assuntos ligados ao Dom Adriano, este blog ainda vai publicar outras manifestações de solidariedade, como a Nota da ABI e o cominicado do então Mons. Arthur Hartmann, que era o Vigário-geral da época. Ele foi mais contunde em seu artigo dirigido ao povo da diocesse. Aguardem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário