15.1.08

175 anos

Caros amigos, em razão de ter que fazer uns trabalhos sobre os 175 anos para um jornal local, pouco tempo tive para postar notinhas. Mas vou pegar o gancho sobre o caso da Claudina de Oliveira e comentar umas coisas aqui.

O governo Lindberg Farias só joga para a platéia. O negócio dele é valorizar as pessoas de fora da cidade. Não só pessoas. Ele, por exemplo, deu mais de R$ 1 milhão para uma ONG que acabou fazendo uma obra em uma casa em Miguel Couto, logo desabando e matando uma pessoa. Quem não sabe, também, da relação de Lindberg com o grupo "Nós do Morro"? Tem, também, o "Nós de Sampa". Parece que o único grupo que não encontra apoio do prefeito é o "Nós daqui".
Como todo mundo sabe, a prefeitura virou uma Torre de Babel tupiniquim. Tem a mistura de todos os sotaques. São pessoas que vieram de outros estados e foram abrigadas no governo. Nada contra essas pessoas, mas faltou o governo valorizar os técnicos da nossa terra.
A relação do prefeito Lindberg Farias com a população iguaçuana vai cada vez mais de mal a pior. Tanto é que a festa dos 175 anos é, na verdade, uma ação premeditadamente eleitoreira. Perguntem ao prefeito se ele sabe a história ou o nome da Condessa de Iguassú ou quem é a co-padroeira da cidade que ele administra. Tenho dúvidas que saiba. Mas serei benevolente com ele: é a Nossa Senhora da Piedade do Iguassú, que foi erguida em 1699, na então Iguassú. O nome da Condessa de Iguassú, prefeito, é Maria Isabel Bragança de Alcantara. Isso mesmo, ela é a quarta filha de Dom Pedro I com a Marquesa de Santos. Pergunta se ele sabe o que significa Maxambomba. Ele vai dizer que é um motoclube. Na verdade existe este motoclube, mas com certeza ele não sabe que um dia essa cidade de chamou "Carro de Boi".
Lindberg Farias se coloca distante das nossas raízes, e, portanto, digo a minha amiga Claudina de Oliveira - não confundam com Cláudia Maria - para não ficar decepcionada, não. A secretaria de Cultura existe apenas para o Bairro-Escola. Esse programa é colocado pela administração municipal acima de nossas raízes. Nosso patrimônio cultural e histórico é preservado por nomes como o do professor Ney Alberto, o do Antônio Lacerda de Meneses, do Arquivo da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu e por alguns outros pesquisadores de nossa terra.
Cara Claudina, se fosse para patrocinar um time de futebol, com certeza teria verba, como já aconteceu. O problema é que o patrocínio seria para o resgate e manutenção de nossa história e cultura. Aí, não. Eles preferem o "Nós do Morro" do que o "Nós da Daqui".
Por falar em nós, vou parafrasear o Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, conhecido como Barão de Itararé, e arrematar: "Nova Iguaçu é feita pos nós... só falta desatar os nós".

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