15.7.11

"O TÉDIO DOS QUE TÊM TUDO"

Por Carlos Gilberto Triel

A menor distância entre dois pontos é a linha reta. Mas, o chefe do Hospital da Posse desconhece e insiste que os portadores de HIV peregrinem pelas dependências do prédio para se chegar à farmácia. E dissimula que a botica sempre existiu ali, como se alguém estivesse questionando isso.

A decisão soberana de impedir que mulheres grávidas saiam do prédio pelo caminho mais curto, também é motivo de constrangimento. E em vez de se tornar uma pessoa razoável, se mostra cada vez um impávido na continência de autoridade de elevador. Requer um colega a examiná-lo.

Pessoalmente não gosto que médicos administrem hospitais. Os terrores da dor e da morte, muitas vezes, são cônscios de aprendizados limitados a verdade do bisturi, e o pior, é que em off, saem a vender conotações de viver ou morrer como se o aparelhinho por si só os levassem a algo alem do jaleco.

É difícil entender letra de médico. Mais difícil é entender certo tipo de caráter. Se a concepção de morrer banalizou-se porque muitos da categoria não hesitam em antecipar o processo em si próprio, que ao menos se aprenda a respeitar quem não dá acesso na consciência o medo de vir a sofrer.

E o respeito é simplesmente não inventar. Faça o trabalho de administração da forma mais lógica, por exemplo, débito e crédito. Nada mais do que isso, ou literalmente, entrada e saída, e por conseqüência as boas coisas aparecerão.

E essa de dizer que a saúde é uma construção social, não cabendo atitudes isoladas e muito menos contra o senso da maioria é conversa fiada. Oswaldo Cruz e Pereira Passos se deixassem por conta desse blábláblá a varíola teria varrido o Rio de Janeiro do mapa.

O casal de prefeitos quer ser lembrado na história da cidade como os construtores dum Aeromóvel que depois de pronto, tal qual a Via Light que muitos não sabem o autor, poderá vir como da autoria de Lindberg sob a alegação que foi graças a sua eleição que se tornou possível essa obra.

E aí por essa tendência compreender que se equivocava nos meios de chegar à popularidade do voto, e modificar por interesses próprios o rumo das suas aspirações que não são evidentemente daqueles que anseiam por uma Saúde mais dinâmica e menos posuda de 35 anos de professorado.

As razões não têm poder sobre a vontade. Mas, os motivos de razão devem agir sobre a vontade de criança mimada. E se o staff da prefeita dispusesse de pesquisa para nortear o melhor marketing às eleições de 2012, faria do Hospital da Posse o gabinete da prefeitura e um anexo do Tribunal de Contas.

Carlos Gilberto Triel é jornalista. E apresenta a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:55hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br

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