15.7.11

Jogo perigoso

Por Emplumadinho

Soube através de pessoas do governo que Sheila Gama está preparando o que eles consideram "uma avalanche política" para breve, muuuito breve.

Segundo estas fontes, a prefeita já teria formado um grupo pequeno de vereadores, coisa de oito a dez, e passaria o rodo nos demais, deixando-os completamente à míngua.

Com certeza a prefeita precisará de muitos cargos para atrair aliados à sua reeleição, que promete ser muito difícil. Além disso, o Plano de Cargos e Salários dos Servidores prevê, no parágrafo único de seu artigo 45, que "No prazo de 120 (cento e vinte) dias o Poder Executivo deverá promover a redução de 15% (quinze por centos) dos Cargos Comissionados destinados aos servidores sem vínculo com órgãos públicos.".

Como se vê, a prefeita precisará de muitos cargos, e, como não poderá criá-los, terá que tomá-los de quem os tem, daí a necessidade de "enxugar" a base governista na Câmara de Vereadores.

Eu, particularmente, acho muito perigosa esta antecipação do período eleitoral. Afinal, mesmo que a base tenha dez vereadores de confiança (de confiança mesmo, não tem nem cinco), os outros onze podem criar imensas dificuldades para o governo, afinal, com apenas sete é possível abrir CPI´s. Isto sem falar na possibilidade de o "grupo de dez" de repente passar a "grupo de quatro", o que permitirá até a cassação da prefeita.

Aliás, a própria prefeita já deu motivos para que responda a processo de cassação, por não ter respondido aos requerimentos de informação feitos pela Câmara. Quer dizer, pelo menos até hoje ainda não foi comunicado em qualquer sessão que ela os tenha respondido. E basta a aceitação da denúncia pela presidência da casa para que o mandato da prefeita seja imediatamente suspenso. E, com quatorze votos, ele perde o mandato.

Como eu disse no título: é um jogo muito perigoso, arriscado demais para se jogar agora. Afinal, se a prefeita tomar esta mesma atitude de "ceifadora sinistra" apenas em julho de ano que vem, com cada um preocupado com a sua própria campanha, dificilmente haverá articulação entre os vereadores atingidos para criar qualquer problema para o governo.

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