Prezada colega, estou encaminhando o texto abaixo assinado pelo diretor do HGNI, Dr. Carlos Henrique, para ser postado em resposta ao post "Sobre a Saúde".
Atenciosamente,
Priscila Paiva
Assessora de Comunicação
Hospital Geral de Nova Iguaçu
Prezada Jornalista Cláudia Maria,
Ab initio, valho-me do brilhante do texto do jornalista Luiz Garcia quando afirma que: "Tudo que a mídia leva ao cidadão de realmente importante depende de dois fatores: a imparcialidade na produção de notícias e a intimidade com as múltiplas áreas do conhecimento associadas aos fatos". Desta forma, gostaria de apensar alguns comentários, que julgo importantes, ao seu texto: Sobre a Saúde.
São realmente boatos, irresponsáveis,que têm interesses escusos e que não visam a construção de um diálogo para o desenvolvimento e o crescimento do município. Não posso, não devo e não quero aceitar e compartilhar a vinculação de meu nome para o cargo de Secretário Municipal de Saúde. Além de não fazer parte de meus desejos pessoais, tenho profundo respeito pelo trabalho que nosso Secretário Josemar vem executando em frente à sua pasta, que considero uma das mais difíceis de serem exercidas. Tenho no secretário um aliado para os imensos desafios que é a gestão do uma unidade de saúde tão complexa como o HGNI. Outrossim, seria uma imensa descortesia com a Prefeita Profª Sheila Gama que tem irrestrita confiança no trabalho do Dr. Josemar. Não aceito, portanto, qualquer tentativa da utilização de meu nome para pretensão de um cargo que não almejo, porquanto já me é honroso ocupar o cargo de Diretor do HGNI.
Penso que não sou um ditador, porquanto todas as decisões da direção são colegiadas, porquanto utilizamos o modelo preconizado pelo QualiSUS, o de linhas de cuidados e de suas respectivas gerencias. Também sabemos que quando um interesse pessoal é conflitado, torna-se compreensível a substituição do adjetivo disciplinado pelo de ditador. Como professor de medicina há mais de 35 anos, acredito que a saúde é uma construção social, não cabendo atitudes isoladas e muito menos contra o senso da maioria.
Quanto aos pacientes portadores de HIV, informo que o HGNI é referência internacional e vem executando um papel de grande destaque no cenário científico. Ainda participo, malgrado atividade de direção, como neurologista, das atividades ambulatoriais e de internação dos pacientes deste setor. O programa de residência médica em neurologia, da qual sou coordenador, tem atuado ativamente no acompanhamento das manifestações neurológicas destes pacientes.
Em relação a escolha do local da farmácia de distribuição de antirretrovirais foi opção exclusiva do serviço de DST/HIV e não da direção. Mas, penso, em concordância com a chefia do setor, que o novo local é mais adequado para dispensação de medicamentos que o anterior.
Quanto aos aludidos obstáculos, devo lembrar que o HGNI tem também a maior maternidade de alto risco da Baixada Fluminense, e conseqüentemente a guarda de inúmeros recém-nascidos. A disciplina do fluxo de visitas e de circulação pelas dependências do hospital tem merecido elogios do corpo social do hospital e de representantes de instituições sociais quando em visita ao HGNI. As mudanças de hábitos e comportamentos são muito trabalhosas. Mas, algumas são importantes, principalmente as ligadas à segurança na hospedagem de mais de 400 pessoas.
Por fim e ao cabo, coloco-me à disposição de V.Sª para novos esclarecimentos e convido a ilustre jornalista para fazer uma visita ao HGNI, porquanto esta é uma unidade 100% SUS e todos nós somos responsáveis pela qualidade de seus serviços.
Cordialmente,
Prof. Carlos Henrique M. Reis
Diretor do HGNI
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