20.8.12

“POR QUEM OS SINOS DOBRAM”

Carlos Gilberto Triel

Em 2008, na disputa à prefeitura de Nova Iguaçu, Nelson Bornier não dava o que pensar; sua eminente derrota para o então prefeito Lindberg era um pensamento pronto, correligionários e eleitores sabiam que ele estava ali somente para marcar presença.

Ontem, em Cabuçu, a experiência traumática vivida naquele ano e, em parte revivida em 2010 quando amargou a suplência de sua eleição à Câmara dos Deputados, deu lugar a uma insuportável inveja dos adversários que de longe seguiam sua caminhada.

A ressurreição de Bornier é como um apagar de epitáfio e, a troca do sussurro tímido e constrangedor daqueles anos da rapadura, pelo grito duma torcida de Flamengo ou Corinthians. E, mesmo com as criticas de que faz a campanha mais cara, sua vitória é pule de 10.

E é nesse ponto ostensivo que se consegue enxergar que nem a máquina oficial, tampouco o projeto nacional do PC do B, pode abalar essa eleição. A insistência com sua vice, impedida partidariamente, comprova o quanto de calculista é esse deputado.

Como transitar impune todas as vias de Nova Iguaçu, apregoadas de faixas e cartazes, de candidatos sem cara, gostos e tamanhos, cuja importância não vale um cafezinho, e que dependem, e muito, de ser o prefeito do Lula, do Garotinho ou dos Malafaias de Deus?

Sabedor de que sua candidatura poderia ter sido estrangulada nas penumbras dos palácios e tribunais de contas e, decidiu vir apenas com seus lenços e documentos, dando-se ao luxo de dispensar o apoio de caciques do PMDB, inclusive do próprio governador.

O crescimento da campanha tende a expandir-se no que em pesquisa chama-se efeito pedra no lago e, que só poderá ser detido à custa de decisões judiciais ou de manobras eleitoreiras e, nesse quadro em que até o STF está sob os olhos da nação, não caberia algo assim.

Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br



Um comentário:

Leonardo Lima disse...

Só faltou registrar que existe um porém: há aqueles que se cansaram de certos nomes brincando de dança das cadeiras. E "aqueles" não são poucos.