Por Almeida dos Santos
Para veicular uma pesquisa eleitoral em meio de comunicação existe uma sequência de regras, entre elas a metodologia utilizada no levantamento em campo, o universo de pessoas ouvidas e até critérios de probabilidade, ou margem de erro, como é o caso. Só sei que uma pesquisa está tirando o sono de muita gente. Uma das pessoas que me passou a mesma informação é super confiável e o que ela disse bate com as informações de bastidor que este Blog possui. Não me refiro às pesquisas que são feitas em redes sociais ou páginas de relacionamento. Falo de pesquisas metodológicas feitas por especialistas na área e que não mantêm vínculos diretamente por cá. A turma do Blog sabe que só podemos publicar pesquisas que são registradas em cartórios eleitorais, inclusive o cartório onde a própria pesquisa fica registrada (à disposição do público) e o número do registro. Existem aquelas pesquisas que não são registradas e que nem a situação ou a oposição, ambas conhecedoras dessas pesquisas, querem trazer à tona os números. Já disse que certa vez o então candidato Adeilson Ribeiro Telles (PT), em uma pesquisa, apareceu em primeiro lugar, segundo uma revista renomada. Adeilson tirou proveito daquela pesquisa divulgada em um debate e disse a seguinte pérola: "pesquisa é igual a escova de dente e cada um tem a sua. Essa - referia-se Adeilson à pesquisa que mostrava-o em primeiro lugar - não foi eu que encomendei, mas se me deram é minha". Nessa notinha fica uma coisa para a meditação dos leitores. Geralmente quem está no poder gosta de mostrar sua popularidade e intenção de voto, e isso é reflexo de querer mostrar que a avaliação vai bem. Quando existe esse silêncio sepulcral sobre pesquisas, uma coisa é certa. Quem está bem e não está com máquina, geralmente guarda a pesquisa e continua o trabalho. Já quem está na máquina e aparece bem na pesquisa o primeiro impulso é o de registrar e divulgar imediatamente. Neste caso, parece que o silêncio sepulcral está conveniente.
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