"NÃO OUÇO, NÃO VEJO E NÃO FALO"

Por Carlos Gilberto Triel

Assim como o noviço de Martins Pena em que dizia que tudo estava fora de seus eixos, assim são alguns secretários do prefeito consorte de Nova Laranja, de mãos encruzadas sobre as panças e, indecisos como preás a procura da melhor casinha nas festas de quermesses.

Não obstante uma opinião pública incrédula de como se deixou chegar a esse se salve quem puder da nota zero; salta aos olhos, que o prefeito consorte jogue sua última cartada política ingenuamente porque, como diz o Jaime Lima, não se preparou para governar e sim defender o Lindomar Paraíba.

Antes do carnaval o radialista Bebel Barbosa noticiou em alto e bom som em seu programa que a partir daquela data, Nova Laranja viveria uma nova fase, já que a prefeita Shirley e o presidente da Câmara, o Hernandes, estabeleceram acordo para alinhavar as diretrizes políticas entre os dois poderes.

E o que se sucedeu? Na última quinta-feira Claudia Maria noticiava que um vereador graduado trabalhava nas sombras contra a prefeita. A tática seria insuflar os colegas e depois fazer cara de bonzinho.

O que se deduz é que chateado pelo fato da prefeita não cumprir o que prometera, o presidente Hernandes y Fernandes fez ouvido de mercador e, até o vereador Gordo Pedra, que dificilmente sobe a tribuna para falar de algo que não seja corno, protestou contra os desatinos de Shirley.

Outros vereadores acompanharam o caçador de cornos oficial do país e vociferaram suas insatisfações contra a prefeita. Tudo isso, após os incidentes que envolveram o Gordo Pedra com a ajudante de ordens da Shirley, e do próprio Hernandes com o secretário de Comunicação, o Infantil Príncipes.

Depois veio o disse e me disse do não pagamento da segunda parcela do carnaval as escolas de samba. E mais uma vez, o radialista Bebel Barbosa comprou a briga da prefeita, de forma exasperada, defendeu em seu programa Perfil que a prefeita estava correta e apenas cumpriu o que manda a lei.

E o secretário desse governo, como defini-lo? Por que não chama para si as atribuições de sua pasta? Vá lá que o cargo seja político, mas não se entende é simbolizar como porta-voz uma pessoa, talvez, do melhor valor humano do mundo, mas que não está nem aí para os arranhões que sofrem a prefeita.

É muita presunção, para não dizer tiro no próprio pé, se dar ao luxo de em plena campanha para reeleição de Shirley, prescindir desse importante setor de articulação da prefeitura com a sociedade organizada e com a própria Câmara dos Abençoados.

O que vem reforçar a teoria de que por mais que se faça importante e graduado chega um momento que o sujeito com seus currículos e biografias e com razoáveis êxitos na vida profissional, acaba desabando em seu patamar maior: o da mediocridade.

Carlos Gilberto Triel é jornalista e apresenta de segunda a sexta-feira 8:40hs o quadro Se É Sucesso Eu Toco dentro do programa do Hugo Alves. E a oração da Ave Maria 17:55hs Rádio Tropical 830AM na web www.tropical830am.com.br