Aos amigos, uma palavra de quem conhece o Batata, como eu. Aliás, costumo brincar dizendo que a profissão do Batata é ser estudante. Isso, mesmo. Falo isso para ele e para o Xandão, que talvez vocês não saibam, eu o conheço desde quando vestia calça curta - dei colo ao Xandão quando ele era recém-nascido e hoje ele é pai. Vamos aos fatos:
Sei da importância do movimento estudantil, mas sei, também, que participar do movimento estudantil ou ser da UNE não é obter um registro de idoneidade. Valei-me José Serra e outros tantos!
Sinto falta da aguerrida luta dos estudantes por um Brasil melhor. Sei do potencial desses jovens e, portanto, isso mexe comigo. Às vezes, meus caros jovens, percebo que a luta dos estudantes em Nova Iguaçu não cria uma pauta ampla de reivindicações e lutas. Quando se fala no Movimento Estudantil, em muitas cabeças a primeira lembrança que chega é a luta pelo passe-livre e só. Acho que a rivalidade dentro do movimento não deveria passear por campos meramentes eleitorais, e sim de classe e de juventude. Há jovens que não estão nas escolas e isso deveria ser um luta do movimento estudantil. Há uma ausência de políticas públicas para a juventude e o movimento estudantil, por exemplo, poderia discutir, inclusive, como ficam os jovens da periferia entregues ao sabor da sorte. Não condeno fazer uso do movimento estudantil para obter votos e chegar à Câmara, como pretende o Batata. Só acredito que há muito mais coisas em jogo, como por exemplos o futuro dos vossos filhos.
Por diversas vezes fui procurado pelo movimento estudantil, principalmente em governos anteriores, para redigir um texto ou mesmo ajudar de outras formas. Neste governo não, em razão do movimento estudantil ser uma "correia de transmissão" de Lindberg Farias. Isso ficou evidente na ausência do movimento estudantil em apoiar a classe de profissionais de educação na luta por salários melhores.
Quando falo do movimento estudantil imagino jovens, não meros alunos. Vejo seres que amanhã poderão conduzir a política deste país ou serem simples chefes de família. Conheço também a UJS, assim como o próprio Bruno, que é de Nova Iguaçu e presidente nacional da juventude do PHS. Só para se ter uma idéia, os técnicos do governo que deixaram a administração lindberguiana, deixaram-na chamando-a de República dos Estudantes. Lá estavam Capelli, ex-presidente da Une, está Lindberg, que também foi, assim como Leandro Cruz entre outros tantos.
Vejo que o debate em torno do movimento estudantil, em Nova Iguaçu, virou uma guerra de projeto eleitorais, como o do Batata (PT) x Thiago (DCE Unig). Gostaria que ambos propusessem políticas públicas coerentes, como melhores salários para os professores e uma qualificação no ensino que acabe com a necessitade do pré-vestibular, que de maneira informal acabou se tornando uma exigência para o acesso à universidade. Como disse uma vez o meu amigo e sociólogo Marcos Aurélio, no pré-vestibular você tem que aprender em um ano o que não aprendeu nos três anos de ensino médio. Quando o debate tem fins meramente eleitorais, meus caros jovens, ele fica pequeno diante do incomensarável futuro dos nossos jovens. E o de vocês, também.
Aos ilustres
0. Everton Sampaio, Coordenador da União dos Estudantes de Nova Iguaçu.
1. Guilherme (Grêmio do Venina Correa Torres)
2. Alan (Presidente do Grêmio do C.E. Antônio da Silva)
3. Alex (Presidente do Grêmio do C.E. Arruda Negreiros)
4. Felipe (Presidente do Grêmio do CIEP 134)
Um comentário:
A Democracia é uma realidade: Parabeniso os que mantem esta chama acesa a dos Gremios.politisar sempre, partidarisar nunca.
A nossa época tinhamos a Ditadura como adversaria, por tanto nossa luta era manter as ruas oculpadas com palavras de ordem e bandeiras ao vento, lembro-me da dedicação de tantos, não vou citar nomes, iria deixar muita gente de fora,mas a fundação do MAB os despejos nos conjuntos habitacionais, Pedra Lisa, Nova Aurora, Sequestro de Dom Adriano e o movimento estudantil estava lá, e logo depois meados da decada de 70 assumiu a liderança meu amigo Miguel Ribeiro(PPS), que demonstrou coerencia e competencia, naquele momento em que o pau comia no lombo e silencio. assinei o pró PT em Campo Redondo o pró CUT por ai fora,eramos o movimento estudantil, participativo e com abjetivo.
Jovens a luta hoje chama-se PLANO PLURI-ANUAL, LEI DE DIRETIZES ORÇAMENTARIA E FINALMENTE O ORÇAMENTO, e ai que a sociedade tem que se mobilizar em faze-lo ser executado e na boa gestão da coisa publica...Doa em quem doer,jovens o futuro a voces pertence, mas não usem a prática da politicagem de atacar o adversário eleitoral e defender o aliado politico,este movimento é livre, autocritica ainda temos tempo, não desmobilise o movimento por motivos eleitorais, este movimento é uma herança que voces transmitiram a seus filhos nossos netos. O Brasil conta com voces.
Claudio Jeronimo.
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