25.4.08

Analisando

Quem acompanha a política em Nova Iguaçu sabe que recentemente, na base base de sustentação ao governo municipal, duas das quatro grandes legendas faziam parte: o DEM e o PSDB. Juntamente com o PT, aglutinava em torno do governo três dos quatro maiores partidos do Brasil, que são eles PT-PSDB-DEM. Esse era o bloco que até pouco tempo era a base de sustentação de Lindberg, que disputa a eleição com Nelson Bornier, que concorrerá pelo PMDB, partido com a maior representação política no Congresso.
As movimentações políticas do governo municipal está levando o PT para uma espécie de aproximação de legendas de menor representação política, em detrimento do DEM e do PSDB. Isso periga o projeto de reeleição.
O DEM, que era para indicar o vice de Lindberg na sucessão eleitoral 2008, se viu traído de abandonou o governo. No pensamento natural, o PSDB seria, então, o indicador do vice. Só que a aproximação de Lindberg ao PDT, criou um clima ruim para os tucanos. Somado a isso, a direção nacional do PT, ontem, decidiu por não fazer uma aliança com PSDB em Belo Horizonte (MG), onde o PSB seria o cabeça-de-chapa e o PT vice. Tal aliança poderá ter reflexos em Nova Iguaçu e, além de perder o apoio do PSDB, tal decisão pode alterar os caminhos do PSB local. É que o cacique do PSB no estado, Alexandre Cardoso, é secretário estadual de Ciência e Tecnologia do governo Sérgio Cabral, do PMDB, quem claramente apóia o deputado federal e correligionário Nelson Bornier para Prefeitura de Nova Iguaçu. Seria mais uma baixa na base aliada e ainda teria que caminhar com partidos aliados insatisfeitos com o diálogo com o governo.
Para desenhar um quadro mais nebuloso ainda, existe a questão do PRB, legenda que é ligada a políticos que são membros da Igreja Universal do Reino de Deus e que hoje apóiam Lindberg. Em passado recente, esse grupo de políticos era oposição. Não é um grupo aliado de primeira hora e não há registro em cartório que apoiará o PT.
É bem verdade que o quadro que aqui desenho mostra, segundo o meu entendimento e de outras tantas pessoas que observam a política iguaçuana de longa data, em bastante conversas comigo, que não é o Bornier que está num esforço grande para obeter aliados, mas sim as movimentações políticas de Lindberg que acabam reforçando o campo do seu adversário. Deve passar pela cabeça do prefeito que só a máquina administrativa é o suficiente para a sua reeleição. Ele atribui ao Nelson Bornier todas as movimentações infrutíferas dele. E nelson sabe disso e vive sorrindo. Dêem uma olhada no passado e contabilizem quantos aliados estão mais para opositores, hoje. A visão será clara.

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