15.4.08

Reflexão

Apoiado por políticos como os vereadores Carlão Chambarelli, Djair Cabral, Manoelino Leôncio, Fernando Cid, Rogério Lisboa, Tuninho da Padaria, Alexandre Novaes, Rogério Lisboa, Maurílio Manteiga e, é claro, Carlos Ferreira, o então candidato Lindberg Farias conseguiu se eleger prefeito, o que seria o primeiro movimento para um projeto que até então mirava no cargo de governador em 2010.
Assim que foi eleito, esse grupo começou a ser fragmentado pela própria política posta em prática por Farias. Convocando secretários de outros lugares do Brasil, na maioria São Paulo, a primeira montagem do governo não contemplou alguns desses vereadores, principalmente aqueles que não foram reeleitos em 2004. Rogério, que seria o candidato do grupo, retirou o seu nome e convenceu César Maia a ceder o apoio do antigo PFL ao PT. Maurílio, que era até cotado para a vice, saiu do PFL e foi para o PSDB, sob as bençãos de Luiz Paulo Correa da Rocha e Marcello Alencar. Maurílio, e, igualmente ao Rogério, não concorreu nem mesmo como vice, preservando seu nome na pretensão caso acontecesse de Itamar Serpa (PSDB) deixasse Lindberg no meio da campanha.
Alexandre Novaes, que tinha a garantia de que seria candidato a prefeito, sofreu uma manobra dentro do PDT e também não foi candidato. A manobra do PDT atingiu, também, Djair Cabral. Foi o desaparecimento da ata da convenção, onde Novaes seria o candidato, e o apericemento Edésio Nunes como vice de Mário Marques. Alexandre Novaes, em primeiro momento, deu apoio a Fernando Gonçalves (PTB) e no segundo turno subiu no palanque do Lindberg.
O PT, que parte da legenda ofereceu resistência ao nome de Lindberg, acabou cedendo aos poucos. Mas, todos sabem que o grupo de vereadores que mencionei anteriormente colocava para os dirigentes petistas do estado uma condição: só apoiariam o PT se o candidato fosse Lindberg Farias, em detrimento do Adeilson Ribeiro Telles, mais conhecido como Adeilson do PT.
Vamos aos fatos.

Do grupo de vereadores que pavimentou a candidatura de Lindberg, poucos tiveram reconhecimento. Djair Cabral e Manoelino, sequer tiveram um espaço político no governo. Alexandre Novaes também. Carlão Chambarelli também foi esquecido, e Maurílio chegou a deixar o governo no início da gestão. Hoje, Rogério Lisboa e Tuninho da Padaria, que tiveram espaço do governo, estão fora e mais uma vez Maurílio pode desembarcar da aliança, conforme uma fonte. Sobram, apenas, Fernando Cid e Carlos Ferreira. É óbvio que eles permanecerão no governo, ainda que insatisfeitos como estão, fruto da condução política de Lindberg. Fernando Gonçalves, aquele que Lindberg disse que seria o "embaixador de Nova Iguaçu em Brasília", não quer ouvir falar o nome do prefeito.
Outras legendas importantes também não estão muito bem como Lindberg, como o próprio PSB e boa parte do PCdoB.

Após verificado esses fatos, percebemos que o modelo político adotado por Lindberg Farias não é orgânico, ou de agregar forças políticas. Seus principais aliadasos viraram subalternos do poder. Parte do grupo petista que foi oposição a Lindberg para prefeito ocupa cargos privilegiados, com gosto de vingança na garganta. Adversários como Mario Marques são bajulados por Lindberg Farias. A turma que vai pedir votos é de fora e não conhece o processo político local. Parte do PDT que pode ser o vice não olha a aliança com bons olhos. A máquina administrativa está travada e o discurso é "Oba! Obras" e Bairro Escola, só. A dengue vive pertubando em Nova Iguaçu. Em suma:


Precisam perguntar qual a razão de Nelson Bornier (PMDB) liderar as pesquisas? Ora! Lindberg é um excelente goleador. Só que ele só faz gol contra. Ele, que era para ser o poderoso padrinho, vai acabar pequeno pagão.

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