29.4.08

Mais uma reflexão

Caros leitores, se for confirmada a notícia de que o prefeito Lindberg Farias foi oferecer a vaga de vice, Maurício Moraes, em sua chapa para a eleição 2008, conforme notícia da experiente jornalista Berenice Seara, uma luz de alerta acende na base aliada.
Vejamos uma coisa: já foram chamados de vice de Lindberg o deputado federal Rogério Lisboa (DEM), Maurílio Manteiga (PSDB), Sheila Gama (PDT), além do prefeito ter assumido que ofereceu a vice para uma indicação do deputado federal Nelson Bornier (PMDB). Agora aparece essa notícia da aproximação ao vereador Maurício Moraes (PMDB).
Com tantas incertezas em relação a futuro do grupo, geradas através das impensadas ações do governo, não há quem se sinta seguro no grupo de apoio ao prefeito e, principalmente, ao seu futuro.
Forma de fazer política sindicalista adotada pelos conselheiros de Lindberg é completamente contrária a forma instucional e partidária de se fazer política. Primeiro, Lindberg toma decisões sem consultas e muitas dessas decisões são feitas em rompantes de pragmatismo (aqui a Cláudia dira "oportunismo". O caso de ofecer a vice ao ex-prefeito Nelson Bornier não deixa sombra de dúvidas.
A militância, aquela que vai para as ruas, já não sabem o discurso do governo. Malham a ferr-frio o Bairro-Escola, mas isso nada significa em relação ao posicionamento político do governo. Exemplo, o que poderá dizer um militante que estiver na captação de votos se for perguntado sobre quem será o vice do prefeito? Ora, se Lindberg não sabe, como sua militância poderá saber.
Mas, precisamos observar e não descartas que essas mudanças de posicionamento pode ser, também, um jogo ensaiado do prefeito. Explico: gerando a instabilidade, a insegurança e a incerteza sobre o futuro do vice, Lindberg abre um lacuna para um projeto puro do PT. Se o diretório municipal endurecer, alegando tantas instabilidades e incertezas ao PT nacional, poderá acontecer a intervenção nacional. Neste caso, sabendo que Lindberg deixa a pasta para pleitear cargos maiores em 2010, ficaria a Prefeitura na mão de quem? É aí que o PT pode fixar e bater o pé em seu projeto único e desagregador: lançar chapa puro-sangue, como queria poucos dias atrás.
É bem verdade que eu não vejo essas incertezas futuras serem fruto de um pensamento maquiavélico petista, mas não podemos descartar.
Essa instabilidade política, essas alternâncias repentinas, e esse excesso de sair dos itinerários políticos produzem e reproduzem a falta de rumo do governo. Os três anos que se passaram já nos provam isso, assim como a alternância de secretários em tão pouco tempo.
Com todas essas ações, pensadas ou não, um coisa é certa: o futuro de quem apóia Lindberg é certamente incerto. Valei-me Deus!

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