17.4.08

Arthur Cantalice

É bem verdade que minha convicência com o jornalista Arthur Cantalice não era tão intensa. Poucas vezes nos encontrávamos na redação do Correio da Lavoura. Mas, sempre nos encontros, Cantalice puxava um longo papo comigo. Brigava muito, falando que eu deveria ir mais vezes ao Sindicato e à ABI.
As conversas com Cantalice pareciam entrevias minuciosas. Não deixava passar qualquer pergunta. Queria sempre o quê, pra quê, o quem, o como, o onde e o quando, entre outras interrogações. Era rico em detalhes e observador atento.
A passagem de Cantalice, que aconteceu no início final da tarde de terça-feira, foi noticiada em todos os jornais de ontem. E era para ser. Jornalista combativo, sua integridade moral era um patrimônio inquestionável. Talvez o maior.
Neste fim de semana o Correio da Lavoura, veículo para o qual ele colaborou há quase três décadas, fará uma justa homenagem a este jornalista que pode servir de exemplo para qualquer cidadão.

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