Por Carlos Gilberto Triel
Dias desses na Câmara do Elevador Quebrado, a mulher, filho no colo e arrastando outro, excepcional, expurgavam a sina subindo até ao 4ª andar pelas escadas à procura do Marote, sem ninguém a desisti-los, pois nem o próprio ousaria subir tantos andares.
O desaforo começa com os vereadores que alem de não fazer o dever de casa, ainda respalda esse tipo de esculacho ao cidadão. Que esquizofrenia essa! Homens e mulheres enfastiados pelo salário fácil e, descendo ao que desceu pelo tédio do “não estou nem aí”.
Vá lá que o clamor dos fatos não consiga deter as legitimas ambições democráticas dum Ferreirinha e Marcos Fernandes, mas essa de saírem às ruas ameaçando o povo com suas candidaturas a prefeitos é algo um tanto quanto surreal.
Convenhamos quem não consegue consertar o único elevador do prédio em que trabalha, não deveria se meter em outra atividade que não fosse a de legislar às causas próprias. O executivo não combina com gente assim, devagar, quase parando.
Nem falo da voz da consciência, tampouco da conversa fiada, desses que vieram para a política porque se descobriu no emprego mais fácil. Contudo, com tantos testes vocacionais na praça, que se limitassem a pesca, a lojinha ou ao sistêmico pagode numa nota só.
E não fazer como a sociedade civil organizada de Nova Iguaçu que costuma deixar barato. Faz-se omissa porque a omissão é moeda de troca, sendo o futuro incerto, morrem de medo de ficar sozinhos ou sem dinheiro, o que vem a ser a mesma coisa.
O que as excelências complacentes com a rotina do elevador quebrado não percebem, que toda vez que é consertado, pra voltar a quebrar de novo, e de novo, uma onda de risinhos entre os servidores, dissemina a crença de que ali não é uma casa séria.
Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br
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