Por Emplumadinho
Conversas de bastidores dão conta de que o presidente PROVISÓRIO de um grande partido de Nova Iguaçu alardeia aos quatro cantos que vai expulsar da legenda um dos dois vereadores que, ao contrário deste presidente, exercem os seus mandatos porque foram eleitos democraticamente.
E a justificativa do futuro-ex-presidente para expulsar o parlamentar pode ser resumida em um dito popular: "Faça o que eu mando, não faça o que eu faço !": ele alega que este vereador fez campanha para um candidato que não pertencia à mesma coligação do seu partido, que foi exatamente o que o tal presidente fez. A diferença é que, segundo ele, "no meu caso o partido sabia".
Então estamos combinados: o marido pode trair a esposa, ou vice-versa, desde que o outro saiba. É isso mesmo, quase-presidente ?
Quem vive na política sabe muito bem que as alianças partidárias podem mudar radicalmente de uma eleição para outra, mas os compromissos entre políticos que têm afinidade um com o outro permanecem independentemente destas alianças de ocasião.
Ou será que todos já esqueceram que, no Estado do Rio, prefeitos do PSDB apoiaram o governador do PMDB, e parlamentares do PMDB apoiaram o candidato a presidente do PSDB ? E ninguém foi punido por isto. Perder o cargo, então ? nem se cogitou.
Quanto ao futuro-ex (acho que não passa do meio do ano no cargo), é melhor ficar calado, ou então agir mais e falar menos, porque se ameaça e não faz vai justificar o seu escorregadio apelido, e, pior, se tentar e não conseguir expulsar o vereador, vai queimar ainda mais o seu já desgastado filme dentro do partido.
Aliás, presidente PROVISÓRIO, não sei se o senhor sabe, mas o vereador já recebeu um telefonema de alguém da executiva regional do partido manifestando o seu apoio a ele em relação ao seu delírio. Deve ser por isto que o senhor não consegue ser atendido por ele...
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