Por Claudia Maria
Postos fecham sem médicos em NI
Em mais um episódio da dramática história da saúde de Nova Iguaçu, a exoneração de mais de 600 funcionários contratados pela Prefeitura no mês passado levou ontem algumas unidades de saúde da cidade a fecharem, novamente, suas portas. A demissão em massa foi publicada no diário oficial do município no último sábado e pegou médicos, enfermeiras e técnicos da saúde, e principalmente a população, de surpresa. Em um dos maiores postos de Nova Iguaçu, o Vasco Barcelos, no Centro, a falta de profissionais deixou muitos pacientes sem atendimento.
A aposentada Maria Aparecida Ribeiro, de 62 anos, chegou ao posto por volta das 8h30 e até o início da tarde ainda não havia sido atendida. Segundo ela, funcionários avisavam aos pacientes que não havia médicos e a distribuição de alguns medicamentos não estava sendo feita ontem. “Fiquei decepcionada, pois sofro de problemas renais e não tinha ninguém para entregar os meus remédios. Fiquei a manhã toda sem informações”, lamenta a aposentada.
Os servidores demitidos foram chamados no mês passado após o prefeito, Lindberg Faria, anunciar a contratação de 2.500 profissionais para suprir o déficit nos postos. No mesmo período, o Jornal de Hoje noticiou a paralisação de quase 300 funcionários no setor médico e administrativo nas Unidades Mista de Miguel Couto, Austin e Vila de Cava. Por causa da greve mais de duas mil pessoas ficaram sem atendimento por quase duas semanas. Segundos os grevistas, a prefeitura, na época, não havia repassado a verba para cooperativa e os funcionários estariam sem salários há três meses. Segundo informações, ontem essas unidades estavam atendendo parcialmente os pacientes.
Ontem a equipe de reportagem do Jornal de Hoje procurou a Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu para falar sobre o assunto, mas ninguém foi localizado.
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