Pois é

Por Almeida dos Santos

Carlos GiLberto Triel, nosso brilhante colaborador, escreveu com propriedade, ontem, sobre um manifesto evangélico que interditou a Estrada da Palhada, provocando confusão no trânsito, principalmente para quem usa a Rodovia Pres. Dutra para chegar à Estrada de Madureira. Realmente esse movimento religioso aconteceu e chegou a fechar a Estrada da Palhada, provocando muito tumulto para os motoristas, independentes dos seus credos e matizes. Não sei se os responsáveis por este movimento tomaram os devidos procedimentos cabíveis, informando à Prefeitura, ao BPM resposável pela área e até mesmo aos órgãos municipais competentes sobre o "ato". Mas outro fato também me chamou a atenção ontem (sábado). É que em Copacabana aconteceu a chamada "Marcha das Vadias", que é comum no Canadá, mas que aqui não dá "cana", e que, em forma de afronta, queria invadir uma igreja católica no bairro nobre carioca. São essas coisas acontecendo no mesmo dia que me chamam a atenção para esse Brasil variado, e, às vezes, desvairado. É a "Marcha das Vadias" querendo invadir a igreja católica, lá em Copacabana, enquanto na Palhada uma igreja protestante resolveu marchar por onde ficam as "vadias", ou seja: nas ruas.
Esse paradoxo mostra a multiplicidade de gêneros, pensamentos e comportamentos no Brasil: É puta querendo entrar na igreja para fazer protesto e gente da igreja querendo ocupar as ruas, geralmente entegues às putas nas caladas da noite, também para protestar. Isso me faz lembrar que um velho ditado popular: "no puteiro, o único santo que fica exposto é São Jorge".