Carlos Gilberto Triel
Nova Iguaçu está entre as 10 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes e, com os piores índices em coleta e tratamento de esgoto. Segundo o site Trata Brasil não é por falta de recursos; pela não capacidade de tocar as obras.
Alguns dos projetos do PAC estão empacados há mais de 4 anos, por licenças ambientais, fiscalização e gerência. Quando a obra não é atípica, nem há demandas e desapropriações, a dinâmica na execução faz com que governo federal libere o dinheiro.
Com o saneamento interrompido pela não prestação de contas do Lindberg, a hesitação da prefeita em não abrir auditoria impede o seu reinício; e então se optou a fundamentar bobagens para se ter o trem, e toda essa conversa mole de pegar ou largar.
Aprovou-se o brinquedinho, e daí? Esse transporte de massa de algumas dúzias de passageiro talvez nem saia no próximo mandato, ao contrário da rede de esgotos que de certa forma já estava sendo executado dentro dum razoável cronograma físico e financeiro.
Essa do dinheiro do Ferrorama ser “imexível”, não é só irrelevante, não diz nada, como desvia o foco da questão. Mas há que se reconhecer que se evoluiu muito, pena que não se fez o mesmo com a verba desviada da Saúde ao longo da Era Rapadura.
Um educador, lúcido, saberia que em vista do caos na Saúde, não priorizar a rede de esgoto deixa de ser uma escolha e passa a ser uma irresponsabilidade de gestão. E se manter cego, surdo e mudo é o preço pago à sobrevida política, há que se perguntar, será que vale a pena?
E tudo porque não há cobrança por parte da sociedade e dos Conselhos às barganhas de cargos e dízimos como moeda de troca na Câmara e no Paço. E nesse viés, quem sabe não se trazia um aeroporto de Caças ou uma hidrovia de Triatlo sobre o rio Guandu?
Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br
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