21.2.12

“A MORTE DOS OUTROS”

Carlos Gilberto Triel

Flávio Dino, ex-deputado federal (PC do B), na última quinta-feira, no enterro do filho Marcelo, de 13 anos, em prantos, advertiu o governador Agnelo Queiroz: “Quando há esquema político na Saúde não se resolve os problemas e as pessoas morrem”.

Marcelo Dino Fonseca de Castro e Costa morreu no início na terça-feira na UTI do Hospital Santa Lúcia – um dos maiores de Brasília, vítima de crise de asma quando praticava esportes no Colégio Marista, onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental.

A suspeita de negligência e de erro médico, investigada com rigor pela policia e pelo Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, poderia ser uma regra geral, não só em Brasília, mas em todo o país e, é claro, aqui em Nova Iguaçu.

Lugar em que a prefeita, vive a sorrir como se o mundo real dos doentes estivesse a aplaudi-la em sua prodigiosa performance tosca. O esquema político se não é igual chega perto, auxiliares e outros da brigada de incêndio não passam de arremedos de gestão.

Que satisfação subjetiva, e estranha é essa? Que a dupla de prefeitos faça lá o seu jogo de cena e de camuflagens verbais para justificar um governozinho medíocre, mas que não se improvise na eficiência, porque não são os seus filhos que estão na reta.

O mais inacreditável é que ninguém da sociedade civil organizada se opõe de forma veemente e séria a tudo isso, ao ponto de vereadores fingirem indignação com o sistema de Saúde, não fossem eles, omissos e coniventes desde os tempos do jeito Lindberg de governar.

Aliais, essa desfaçatez de mostrar preocupação de última hora com a Saúde nesse ano de eleições, é algo tão absurdo, surreal e patético quanto aquele sujeito que mata o pai e a mãe e, diante do juiz pede clemência, se dizendo um pobre órfão.

Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. http://www.tropical830am.com.br/