1.6.12

“O DISCRETO CHARME DOS PREGUIÇOSOS”

Carlos Gilberto Triel

Na última sessão da Câmara dos Vereadores, pôde-se perceber a virulência de egos para todos os gostos e tamanhos. O arzinho de importância pairou em meio a risos, gargalhadas e até uma quase vias de fatos, entre o tipo físico da fome e o da vontade de comer.

É deplorável que se insista em subjugar toda uma platéia se exibindo num Status Quo lambisgóia de Mona Lisa, saindo à francesa como fez uma sorridente vereadora, convicta de que o mundo estivesse a lhe acariciar em presentes e indulgências.

A prisão mental em que se encontram alguns hóspedes das benesses políticas, desencadeia nos imaturos um sentimento de ser diferenciado dos restos dos mortais, certos de que estarão nesse marasmo fértil durante toda a eternidade.

Quem tem mais de 50 anos lembra muito bem que por emissão de cheques sem fundos, a conta bancária era encerrada e só se sabia da inadimplência através dum livro vermelho 3 meses depois do pecado cometido, dando tempo que se abrisse outra noutro banco.

Foi lá esse tempo em que se procrastinava o devo não nego e pagarei Deus sabe quando. Hoje a dinâmica corre à velocidade do dedo nervoso e, um simples posto de gasolina, sabe da saúde financeira até do presidente e, os conselhos municipais deveriam pensar no assunto.

Pois essa turma que ronda as cidades, de prefeito a vereadores, deveria ser denunciada rotineiramente no MP e constar em algo semelhante a um cadastro de inadimplência ao serviço, ou ter os direitos suspensos pelas reiteradas desculpas de se ausentar do trabalho.

Então, quando as excelências forem aos gabinetes e plenários para fazer gracinhas, ou voltarem prá casa, exaustos pelas briguinhas dietéticas, ou por contraírem convenientes viroses, deveriam ser substituídos, automaticamente, pelos sérios, dispostos e saudáveis suplentes.

Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br

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