12.8.11

“O VEXAME DE SER”

Por Carlos Gilberto Triel

No livro “Depois da Morte” de Léon Denis, no início do capítulo 33, diz que segundo algumas doutrinas religiosas a terra é o centro do universo e, o céu arredonda-se como uma abóbada acima de nós e, na parte superior a morada dos bem aventurados, e nas sombrias galerias, o inferno.

Evidentemente que nada disso é levado a sério pelo autor, que se aproveita dessa crença medieval para nortear através dos espíritos que o céu está em toda parte e, como todo o incomensurável é um formigamento de sóis e de esferas e, a terra, a nossa morada, uma ínfima unidade.

No livreco “Farinha Pouca, Meu Pirão Primeiro” de co-autoria do Consorte e Vereadores, do capítulo 1 até o 71 de que trata o vexame, diz que haja o que houver, gritem o quê gritar, toda politicalha, da troca duma lâmpada ao doente do Posto, nada será sem o aval dos bem aventurados excelências.

É iludir a nós mesmos a insistência em chamar atenção destes senhores e senhoras para o dever. Até porque são coisas que se dizem a crianças e a homens infantis que, de modo patético, necessitam dessa cartilha para percorrer o mundo real que está aí lotado de gente para tomar remédio e se curar.

Em Nova Iguaçu, pessoas entradas em idade, algumas até avançadas, ignoram que não podem e não devem brincar com problema tão sério. Imagine, se no Japão, antes ou depois de um tsunami, se o pronto socorro das regiões atingidas fosse de responsabilidades dos indicados pelo casal de prefeitos?

Qualquer pensamento normal sabe que em países sérios, não deixariam essa turma nem chegar perto. E se por acaso, um ou outro viesse a furar o cordão de isolamento da ética e da moral, a própria consciência do infeliz o faria transportar para os verdes campos da eternidade.

A afetação sutil de superioridade atribuída ao Consorte, prestes a se aposentar, é pelo predomínio sistemático aos que dependem do seu parecer. Donde se conclui que a desistência das principais lideranças em disputar com sua esposa a eleição, supõe que ainda lhe restaria um poder residual.

Daí é preciso que nos convençamos de que numa discussão aberta nenhum dos atores que fazem o triste espetáculo do sistema de saúde, estariam em seus empregos. Não se trata aqui de impor lições a prefeita, ao marido, vereadores e afins, e sim, um alerta a mais, dos tantos que são denunciados.

Noves fora, a insensatez da politização rasteira na saúde em Nova Iguaçu, não se ouve, a voz da consciência, anestesiada que está pelo caricatural de um Ferrorama, e de se gabar da reeleição por W.O em 2012. Mas, o triste de tudo, é a vida que se quer levar à custa da vida dos outros.

Carlos Gilberto Triel é jornalista. Ouça a oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira 17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br

Um comentário:

Unknown disse...

O TERCEIRO PARAGRÁFO É UMA OBRA PRIMA DE SUA GENIALIDADE.