Às vezes eu fico me perguntando: como pode o Lindberg Farias inventar tanta coisa e não cumprir? Nova Iguaçu já ouviu desse rapaz as promessas mais mirabolantes que podia ouvir. A construção de uma piscina no Centro de cidade; a distribuição do kit para reformar casa de alvenarias; a construção da passarela de Austin, o empréstimo com o BID; a reforma da Av. Gov. Roberto Silveira; a duplicação do Viaduto da Posse; a construção da Cidade Olímpica; o fim das cooperativas, a construção de cinemas públicos e até um Hospital Posse D'Or público ele prometeu.
Levando em consideração um orçamento anual de R$ 600 milhões, até agora não consegui ver materializado, através de aparelhos urbanos, sequer 1/7 dos R$ 1,8 bilhões do Orçamento dos últimos três anos. O que se fez é muito pouco, levando em consideração os empréstimos e a megalomania desse rapaz, mas sobretudo o seu projeto político pessoal. Vejamos:
Quando ouço Lindberg dizer que quer ser o vice de Cabral numa possível candidatura à reeleição ao governo do Estado, em 2010, sinto que a sua fala é senão uma confissão de quem faliu em seu próprio projeto. Em 2004 ele dizia que seu projeto era fazer um governo em Nova Iguaçu capaz de servir da exemplo da sua capacidade administrativa, colocando-o capaz de disputar com qualquer outro político o governo do Estado, em 2010. Hoje o discurso é outro. Um discurso de reconhecimento de que só chegará lá embarcando na canoa de alguém. Talvez seja uma manifestação incontida do seu insconsciente ao reconhecer a própria falha. Se não for, é um pedido de "benção" aos caciques políticos para que lhe dê uma sobrevida política, ao que tudo indica breve. Um carreirismo político pequeno, levando-se em consideração espírito da disputa.
A administração que serviria de exemplo, tão decantada pelo então candidato Lindberg Farias e até mesmo registrada em seu Plano de Governo, voltou-se contra ele como a principal arma dos adversários, materializada na sua inabilidade. Mas ele ainda não aprendeu com isso. Está fazendo a política da promessa em detrimento da política de resultados. Esses dois anos de gestão deixou bem claro esse modelo. Um vão na história do desenvolvimento de Nova Iguaçu difícil de ser preenchido, mas que será cobrado no curso da vida.
Rogo para que o prefeito, num gesto nobre de recuperar sua própria imagem, chame os seus imediatos às falas, lhes cobrando avanços. Mas, isso ainda será difícil se ele manter essa política de alternância do seu secretariado. Cada secretário novo que chega ao primeiro-escalão da administração, é mais uma paralisação da máquina na pasta afim. E ele vive uma continua mudança de secretários, fato que sempre dissemos prejudicar a sua gestão.
A Nova Iguaçu grandiosa prometida pelo prefeito, que na época dizia-se íntimo do presidente Lula e por essa razão a cidade seria inundada de recursos federais, não aconteceu. Ao contrário: regrediu. Cresceu apenas no marketing, arma e instrumento de trabalho do prefeito.
Confesso que em 2004 escolhi Lindberg Farias como meu candidato. Celebrei a sua vitória como se fosse a minha, a do meu povo. Errei, assumo! Hoje, quando ouço o discurso daquele que um dia me enfeitiçou, politicamente, descubro que ele nasceu para ser vice, e não um campeão.
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