A atenta repórter Cláudia Maria, mais uma vez, "acertou na mosca" sobre o burburinho que aconteceu ontem, na Catedral Sânto Antônio de Jacutinga, quando o prefeito Lindberg Farias foi salvo por sua claque ao perceber que o ensaio de vais iria iniciar.
Na verdade, Lindberg Farias, com a permissão do Bispo D. Luciano Bergamin, utilizou-se do momento em que a igreja encontrava-se cheia para fazer, de lá do púlpito, uma fala "eleitoreira". Essa foi mais uma ocasião em que a "Síndrome de Darlene" afetou o prefeito, e, descontrolado, percebendo a presença da imprensa, não resistiu.
O que me chamou a atenção, na verdade, não foi apenas a fala do prefeito marketeiro. Mas, sim, da ausência do ex-prefeito Nelson Bornier (PMDB). Ele, que frequentemente aparecia nas missas oferecidas ao "Santo Casamenteiro", este ano não compareceu. Seria uma boa oportunidade para que ele e o prefeito se submetessem ao público, principalmente depois da pesquisa que revelou a larga vantagem de Bornier sobre Lindberg Farias.
Apesar da fala eleitoral de Lindberg para os fiéis, creio que a igreja é um ambiente neutro - ou deveria ser. Se, por acaso, o direito à fala foi cincedido pelo bispo por ser Lindberg a autoridade máxima da municipalidade, com autoridade federal o ex-prefeito também poderia fazer uso do microfone. Não para rebater a fala eleitoreira do atual prefeito, mas sim para se mostrar presente. Enfim, se foi uma boa oportunidade.
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