O
jornalista Claudio Humberto contou em seu Blog que em 1964, Nunes Freire era
deputado estadual no Maranhão. No dia 1º de abril daquele ano, quando
apresentou uma moção de apoio às Forças Armadas, seus colegas deputados
hesitaram.
As
notícias sobre o êxito do golpe ainda eram confusas, e os deputados engavetaram
a moção. Dias depois, consolidado o golpe militar, os deputados mais que
depressa a retiraram da gaveta, pois o ambiente era mais do que propício para
saudar os militares.
Foi
a vez de Nunes Freire se manifestar:
- “No dia 1º essa moção era uma tomada de posição. Hoje, com a vitória do movimento militar, é uma ridícula bajulação. Sou o autor, retiro-a”.
Os outros deputados ficaram com a cara no chão.
- “No dia 1º essa moção era uma tomada de posição. Hoje, com a vitória do movimento militar, é uma ridícula bajulação. Sou o autor, retiro-a”.
Os outros deputados ficaram com a cara no chão.
Lembrei-me
desse caso em razão das notas, artigos e postagens que estão proliferando nos jornais,
blogs, e redes sociais. Arrefecidos da ânsia louca de impugnar o prefeito
eleito, seus então adversários já se dizem felizes pelo retorno de Bornier à
prefeitura.
Nada
contra essa virada de posição, afinal a vida continua. A questão é que chega
num ponto em que é preciso ter ao menos um mínimo de coerência, e como disse
Nunes Freire lá em cima do artigo, agora, a coisa fica parecendo bajulação, e
interesse pessoal.
Não têm sequer o senso da forma, ora do ridículo,
ou do constrangimento, seja no que disseram ontem, e no que dizem hoje. A vocação
de imbecilizar-se nessa súbita troca de opinião se dá única e exclusivamente
pela busca do alivio às finanças pessoais.
E, para manter os gastos incontroláveis da
patroa, as necessidades imediatas de débitos de campanha, da vida mais ou menos
atlética que se leva, vale tudo, até trazer esse então excomungado Careca de
volta ao cadastro de gente boa.
Pra isso a inferência dedutiva de que Bornier
seja cabeça feita, cobra criada, pois em politica é muito natural, uma ou outra
nomeação à mulher ou ao filhão nas cobiçadas pastas sociais. É assim que adversários
e desafetos passam ser os novos amigos de infância.
Carlos
Gilberto Triel é jornalista. E apresenta a Oração da Ave Maria de 2ª a 6ª feira
17:50hs Rádio Tropical 830AM. www.tropical830am.com.br
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