CPI da Saúde de Nova Iguaçu: prefeitura deve oito milhões aos prestadores
É de R$ 8 milhões o valor da dívida da Prefeitura de Nova Iguaçu com os laboratórios de análises clínicas. A informação foi prestada por Mauro Terra, representante do Centro Biomédico Terra, durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o atraso no repasse das verbas federais às clínicas conveniadas. Segundo ele, o último pagamento aconteceu no mês de junho deste ano. Credenciado há 12 anos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para prestar serviço ao município, Mauro afirmou que se o atraso continuar as empresas irão fechar as portas.
- Não bastasse toda essa situação caótica em relação ao pagamento, fomos surpreendidos, no mês passado, com a publicação de uma licitação para contratação de uma única empresa que prestaria os mesmos serviços das 38 conveniadas. Seriam pagos R$ 4 milhões a mais, anualmente, do que se paga hoje. A empresa vencedora receberia R$ 13 milhões e ainda utilizaria as dependências, como postos de saúde e unidades mistas, do próprio município.
O processo de licitação está sob recurso. O Conselho Municipal de Saúde, que não foi consultado sobre o edital, e o Sindicato dos Laboratórios de Patologias Clínicas entraram com uma Ação Popular, um mandado de segurança e uma ação junto ao Tribunal de Contas solicitando a anulação da licitação. – Em nenhum momento fomos procurados pela Secretaria de Saúde para buscarmos uma solução conjunta para o problema, e sequer foi rescindido nosso contrato, assinado há seis meses – afirmou Mauro.
Ele forneceu à Comissão vários relatórios e demonstrativos dos pagamentos efetuados pela Secretaria. Entre outros atrasos, consta uma dívida de R$ 600 mil com a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) e de outra de mesmo valor com a Clínica Central, empresa contratada em 2007 para a realização de cirurgia de catarata. – Essas verbas federais são depositadas todos os meses na conta da prefeitura. Por que não recebemos em dia? No dia 14 vamos paralisar a prestação dos serviços por 24 horas – afirmou.
Luiz Carlos da Silva Leite, da Clínica Albert Sabin, e José Luiz Ribeiro, da Clínica José Luiz Ribeiro, também foram ouvidos ontem (30). Na próxima quinta (03), prestarão depoimento Hilton Somma e Luiz Antonio Rocha, representantes do Hospital Infantil Prontonil.
2 comentários:
Texto impecável, sucinto e claro...obra da generosa e competente Arlete da Comunicação...Parabéns pelo trabalho Arlete.Parabéns também ao Almeida e a Claudinha,que sem temor colocam a Verdade das mazelas deste desgoverno de NI, para a população.
DR.: Mauro Terra
a fim de esclareçer informo que JUNHO foi o ultimo mês de SERVIÇOS PRESTADOS que a SEMUS nos repassou, isso em NOVEMBRO.
O mês de DEZEMBRO de 2008 recebemos em OUTUBRO de 2009.
Postar um comentário