Nossa memória

Caros amigos, tenho um projeto de escrever um livro contando os bastidores político de Nova Iguaçu nos seus últimos dez anos. Contar detalhes e relembrar fatos quase esquecidos em nossa memória. Dizer da posse de Nelson Bornier em janeiro de 1997 até as CPIs do governo Lindberg Farias. Contar caso que às vezes não são percebidos, como a sequência de trajédias pessoais que alguns vereadores viveram. Posso citar um exemplo, como casos recentes. Desde que Lindberg Farias assumiu, fatos graves têm ocorrido na vida dos políticos da cidade, e da própria cidade. O que vou escrever não é uma bobagem e nem estou atribuindo ao prefeito qualquer culpa sobre isso, mas não deixa de ser um fato curioso e que merece uma observação. Olha que são apenas 2 anos e quatro meses de governo Lindberg. Se isso magoar algum vereador, desde já peço minhas humildes desculpas. Mas, vejamos:
O vereador Jorge Marotte sentiu a dor de perder um filho e de ter seu pai gravemente acidentado;
O vereador Marcos Rocha sentiu a dor de perder uma filha;
O vereador Celso Valentim sentiu a dor de perder a mãe, o cunhado, ter o neto sequestrado e ter que fazer uma operação no coração, às pressas;
O vereador Fausto 100% sentiu a dor de perder o pai;
O vereador Daniel da Padaria sentiu a dor de perder a mãe;
A vereadora Diva Bastos teve que operar às pressas;
O vereador Nagi Almawy teve problemas graves de saúde;
O vereador marcos Ribeiro operou a visícula;
O vereador Xandrinho teve que operar às pressas;
O vereador Carlos Ferreira teve que operar às pressas;
O vereador Fernando Baiano teve problemas complicados de saúde;
O vereador Chiquinho da Ambulância teve problemas cardíacos e chegou a ficar internado;
O deputado Nelson Bornier teve problemas cardíacos e saiu de Brasília às pressas para São Paulo;
Até o prefeito Lidnberg Farias inaugurou seu governo com o braço imobilizado por problemas de bursite - como Lula assumiu o seu primeiro mandato como presidente apresentanto a mesma doença.
A perda do nosso querido amigo e fundador do ZM Notícias, Manoel de Almeida;
Houve o triste caso da Chacina da Baixada (29 mortos);
Houve o caso da Chacina da Cerâmica (sete mortos);
Houve o caso da Chacina de Miguel Couto (cinco mortos);
Houve o caso apelidado de 499;
Houve o caso das chuvas torrenciais que abalaram o corredor viário da Estrada de Madureira;
Até tridente desenhado próximo ao Cruzeiro aconteceu, provocando a revolta do povo católico.

Isso, caros leitores, são observações que às vezes passam sem ser percebidas por nós. Portanto, o mais difícil em escrever um livro contanto casos que nem sempre as pessoas sabem ou não lembram, não está na condição de apurar tais fatos. Mas, sim, na conquista de patrocinadores para o tal livro. Imaginem os senhores revendo a história única de uma renúncia parlamentar na cidade, como a que aconteceu com o ex-vereador Antônio Neto. A saída de Altamir Gomes do governo, deixando praticamente a cidade falida. As CPIs do governo Nelson Bornier. CPI que chegou a ser aberta e só ouviu três depoentes, depois fechada e muito pouco comentada politicamente. A municipalização, ao apagar das luzes na gestão Nelson Bornier, do Hospital da Posse, e o desejo inquietante de Lindberg de devolver o hospital, aquele que foi o seu carro-chefe na campanha.
Sem querer parecer usar de prepotência, sou um observador atento dos fatos políticos, sobretudo do que acontece nos bastidores. O livro que tenho a pretensão de escrever poderia colaborar de maneira simples com a história política da cidade.
Quem sabe, um dia, poderemos transcrever essas histórias em um livro, permitindo assim que as futuras gerações tenham direito de saber poucas coisas que nem sempre são registradas na nossa história.