Coisas da história política iguaçuana

Por Almeida dos Santos

O meu respeito à vereadora Nicolasina é imenso como o respeito que tenho ao marido dela, meu amigo Acarisi Ribeiro, que foi vereador em Nova Iguaçu por inúmeros mandatos e até deputado estadual. Certa ocasião, quando líder do governo na Câmara, Acarisi usou uma sinceridade muito difícil de se encontrar em alguns políticos. Lembro que fiz uma pergunta ao então vereador, e, ná época, esse que vos escreve já era considerado um repórter polêmico, mais polêmico que hoje. Acarisi disse com simplicidade que não tinha como negar as perguntas que fiz e foi taxativo: "Quando você pergunta, é que já sabe a resposta. Não quero me manifestar sobre a sua pergunta, pois ela é sobre o governo", disse Acarisi já sabendo que tinha toda a documentação referente à matéria devidamente guardada. Em tese, ele não fez a defesa e nem criticou este repórter, resguardou-se ao direito de não se manifestar. A matéria foi publicada e Acarisi, logo depois que me encontrou, apenas sorriu como quem já soubesse o que esse jornalista iria publicar. Lembro que a matéria gerou polêmica, mas assim mesmo Acarisi Ribeiro sequer fez a defesa que muitos outros fariam e seriam, de pronto, desqualificados. Em suma: assim como Acarisi cumpriu o seu papel e deixou a política considerado leal aos seus aliados e repeitoso com seus adversários, Nicolasina cumpriu o papel dela para Bornier e seu grupo político, também deixando a disputa por cargos eletivos para dedicar-se à família. Uns podem criticar outros podem elogiar, mas ninguém poderá dizer que ela não cumpriu o papel sabendo o que estava cumprindo.