Por Almeida dos Santos
Fernando Gonçalves sempre fez do Calçadão de Nova Iguaçu o seu "palanque" eleitoral. É verdade que hoje, disputando em Mesquita, o que um dia foi seu palanque parece que virou "coreto". Se não me falha a memória, ontem o Waguinho (PCdoB) estava fazendo campanha no Calçadão de Nova Iguaçu, ladeado, é claro, pelo Pastor Marcos Pereira. Hoje quem andou pelo Calçadão foi o deputado estadual e candidato a prefeito Xandrinho (PV). Quem não é de Nova Iguaçu não sabe o quanto o Calçadão é um dos lugares mais importantes para se fazer campanha, mas por outro lado há outros lugares tão esquecidos e tão importantes que sequer, talvez, passem pela cabeça de alguns candidatos marjoritários. Há uma dezena de bairros sofrendo com problemas como a falta de infraestrutura que chegam a causar vergonha a um município cujo Orçamento ultrapassa a cifra de bilhões de reais. Nas composições partidárias, alianças ou coisas que o valha, esses bairros enormes em suas extensões são lembrados em poucos miniutos e segundos no horário eleitoral gratuíto. Mais vale um Calçadão calçado do que um bairro repleto de necessidades, em tese, para alguns candidatos. Para se ter uma noção, é possível que a visitação de um candidato a um desses bairros seja trocada, na agenda, para que o pedido do voto seja feito nas estações. É verdade que cada campanha irá escolher e mapear a cidade segundo o que apontam as pequisas. Se a pesquisa disser que no "bairro tal" falta aparelhos de Cultura, o que é uma constatação dos moradores do bairro, com certeza chegará lá o candidato dizendo que sua plataforma é incentivar a Cultura. Olha que está arriscado o candidato falar isso pisando na secular lama que suja os sapatos dos moradores e, quiçá, não invade as casas de tijolos transformando-as, digamos, em "pau a pique", também conhecidas "taipas de sopapo". É justamente neste "sopapo" que entra essa notinha. Os moradores da periferia, quando não vivem de sopapos, pelo menos moram neles.
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