14.11.08

Índices absurdos

Só para falar um pouco mais sobre dengue, é preciso dizer que o número de registros da dengue em Nova Iguaçu, este ano, atingiu cerca de 2% da população iguaçuana. Isso é grave. Muito grave! Até ontem o número de registros era de 18.893. Precisamos de uma mobilização e esforço da Prefeitura. Na terça-feira, dia 18, o secretário de Saúde Walney Rocha terá que comparecer à Câmara de Vereadores para uma audiência pública. Será uma ótima oportunidade para sabermos se o CCV está ou não sucateado.

Um comentário:

Robson disse...

Caro Almeida. Obrigado pelo espaço.

Realmente acho lamentável que vidas humanas sejam perdidas em função de uma doença que pode e deve ser evitada. Gostaria de emitir um alerta a toda população, e em especial aos formadores de opinião: políticos, líderes comunitários e religiosos, professores, enfim, todos aqueles que podem de alguma forma congregar as pessoas em torno das idéias e ações. Esta doença é um flagelo que pode atingir a qualquer um, independentemente, de cor, sexo, classe social ou religião. Portanto é um problema de todos nós. Se os agentes públicos estão presos às amarras das “burrocracias” do setor, já é hora da sociedade dar as mãos e cobrar políticas públicas mais eficazes para questão.
Deixo aqui um exemplo: Um cidadão sente um mal estar do tipo que se classifica como “virose”, e, inadvertidamente procura uma farmácia e compra um analgésico qualquer. Ao consumir este medicamento, se estiver com uma dengue clássica, poderá ver o seu quadro clínico rapidamente agravar-se para uma FHD (Febre Hemorrágica da Dengue)! Isto ocorre porque a maior parte dos analgésicos dispensados nas farmácias e drogarias tem em sua composição o AAS (Ácido Acetil Salicílico), que pode provocar o processo hemorrágico no período da viremia.
É fácil deduzir, e este assunto já foi tema de diversos artigos publicados pelo Conselho Regional de Farmácia, que o aumento do número de casos de dengue hemorrágico no Brasil está diretamente relacionado a questão da auto-medicação ou pior pela prescrição de medicação inadequada.
Dito isto, é necessário fiscalizar rigorosamente o setor farmácia para que os medicamentos deixem de ser comercializados como doces ou bananas, onde é só pagar e levar!
Também é necessário capacitar a rede de profissionais de saúde para atendimento dessas demandas, sob penas de vermos ocorrem mortes por falta de conhecimento sobre o assunto.