26.4.07

Mistura doida

O governo Lindberg parece que "mariomarqueou", ou talvez, "nelsomborneou". Vejamos os motivos:

Há no governo Lindberg Farias uma parcela considerável de pessoas que no passado foram - não sei se deixaram de ser! - oponentes dele. Começando pelo secretário-adjunto de Indústria e Comércio, Cláudio Rosemberg. Na gestão Nelson Bornier e na gestão Mário Marques, ele foi subsecretário da mesma pasta. Durante a campanha eleitoral, Rosemberg descia a lenha no Lindinho. Chamava-o de candidato forasteiro e coisas mais. Só que hoje ele pertence ao governo Lindberg Farias. Para ser mais sincero, como presidente de CDL ele conta com pouco prestígio da classe comercial e também nunca passou pelo escrutínio do vota para dizer que ele tem capital eleitoral. Mas ele está lá.
Depois da nomeação de Paulinho Leopoldo, que foi secretário de Cultura na gestão Bornier, para ser o secretário-adjunto de Governo, ontem os Atos Oficias da Prefeitura de Nova Iguaçu aparecia Marcus Quintella como o novo presidente da Codeni. Pasmem! Ele foi o autor, recentemente, do documento entregue ao Ministério Público, depois de uam passeata, denunciando que o governo Lindberg Farias estaria desviando dinheiro do pagamento aos prestadores de serviços para aplicar em fundos de renda fixa. Foi o autor, também, do pedido de descredenciamento da Gestão Plena no ministério da Saúde. Queintella também foi subresecretário no governo Mario Marques. Sua inidacação para a Codeni foi feita por Maurílio Manteiga, que todos sabem o que já viveu com o governo.
Ontem Maurílio almoçou com outro ex-integrante do governo Bornier e do governo Mario Marques, mas que não demora muito ele estará no governo Lindberg Farias. Trata-se de Alcir Xavier, que já foi presidente da Codeni. No almoço, acompanhando Maurílio Manteiga e Alcir Xavier, estava Paulinho Leopoldo.
Como dizia Ullisses Guimarães, "o dia do benefício é a véspera da ingratidão". Vejamos como este pensamento cai feito luva nos tentáculos deste governo. Djair Esteves, Jorge Aguazul, Carlão Chambarelli e Maoelino, depois de derrotados nas urnas, foram abandonados pelo Lindberg, que a eles jurava amores. Eles tiveram suas canditatura, em parte, prejudicadas por fazerem parte do grupo que lutou contra Nelson Bornier na Câmara. Hoje eles estão na rua da amargura e sem espaço no governo.
Outros atores que tanto ajudaram Lindberg também foram deixados na "pista", como agora é moda falar.
A situação, hoje, revela que o bloco de sustentação do governo não é orgânico´. A sorte de Lindberg é a falta de um adversário, já que Bornier parece ter desistido da candidatura. Nelson seria o único a polarizar com Lindberg, mas ele ainda não colocou sua candidatura nas ruas, conforme prometeu no dia do seu aniversário, em 14 de janeiro deste ano.
O governo, pelo que se diz, é "lindberguiano", mas DNA "borniense". E, aí, amigo, vái entender!!!

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