Antes de iniciar a notinhas, esclareço aos leitores desta página que, ontem, em virtude de outras profissionais deste colunista, o BLOG foi atualizado apenas pela Cláudia Maria, com o brilhante artigo sobre o coronelismo de LIndberg Farias. Mas, vamos tratar da crise que se instalou no município desde terça-feira passada.
Todos sabem que terça-feira passada o presidente da Fenig, Fernando Cid, e o vereador Chiquinho da Ambulância tiveram um desentendimento grave. Tudo leva a crer que naquela ocasião os vereadores que compõem um grupo na Câmara, chamado de Grupo dos 15, demonstraram alguma insatisfação com Cid, o articulador do governo até então chancelado pelos vereadores.
Na mesma tarde, o presidente da Câmara, Jorge Marotte, se reuniu com o prefeito e disse que Fernando Cid não representava mais o Grupo dos 15. Ato contínuo, Lindberg disse que Cid continuaria no governo, bancando politicamento Fernando Cid. Isso foi o estopim para que na quarta-feira, na sessão plenária, os vereadores derrubassem através de decreto legislativo o empréstimo contratado entre a Prefeitura e a Previni, na ordem de R$ 148 milhões. Essa iniciativa foi interpretada pelo prefeito um ato contra o governo. É bem verdade que na opinião deste colunista, este contrato é questionável. Sendo que a medida tomada pelos vereadores não foi administrativa ou jurídica, mas sim política. E assim interpretou o prefeito.
Como contrapartida, na manhã de quinta-feira (hoje), o Diário Oficial publicou 198 exonerações supostamente de pessoas ligadas aos vereadores. Isso indica que o prefeito chamou o grupo para a guerra e que na próxima semana a tensão política no município se intensificará.
Como disse, o bloco dos vereadores é chamado de Grupo dos 15. Desta forma pode-se imaginar que é número suficiente para afastarem o prefeito. Mas, não.
Na vereade, há quem diga que o governo conta, na Câmara, com nove aliados. Ou seja: um a mais que um terço. Isso sinaliza que não há quórum necessário para o afastamento do prefeito.
Voltando a analisar a crise e o ato do prefeito em relação a exoneração em massa, tudo indica que Lindberg Farias vai manter sua posição, elevando ainda mais as possibilidades de fatos novos no cenário político. Tudo faz crer que ele não terá uma conversa com a Câmara através de grupo, mas sim com cada vereador isoladamente. Isso vai fazer com que o grupo mantenha sucessivas reuniões para desestabilizar o governo. Conforme este BLOG já previu e torna a repetir, será a Saúde o cancanhar de Aquíles. Vai acabar sobrando para a secretária Marli de Freitas. Vamos aguardar para ver.
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