Por Claudia Maria
Alianças são toleradas na política desde o início dos tempos. Mas, como todas as outras ações do ser humano deveriam ser pautadas no caráter e na moral. Infelizmente assistimos a degradação dessa prática com o passar do tempo. Porém, nunca me acostumarei com ela. Nesse final de semana, vimos esse exemplo da maneira mais baixa e rasteira da prática na política iguaçuana. O personagem principal desse teatro é aquele que, um dia, foi cogitado como possível candidato a prefeito de nossa cidade, o deputado federal Rogério Lisboa.
Há uma semana, ele se sentava à mesa com o também deputado Nelson Bornier e fazia planos para o futuro da cidade. O prato principal da conversa era o "moleque, sem palavra e traidor" (isso na fala de Rogério), prefeito Lindberg Farias. Ontem, dia da convenção do PT em Nova Iguaçu, Rogério estava ao lado de Lindberg, no mesmo palanque. Ao contrário do que dissera há uma semana, Lindberg voltou a ser o "líder, o político honesto e transparente". O que faz um homem mudar de idéia de maneira tão radical em sete dias?
Independente da negociação que aconteceu nos bastidores, algumas coisas ficam bem claras: a respeito de Rogério é que se mostrou um homem em quem não se pode confiar politicamente. Um político instável e que demonstra claramente que não pode governar uma cidade como Nova Iguaçu. Rogério demonstrou ainda que não se importa com a população iguaçuana que lhe deu 40 mil votos para deputado federal. Há poucos dias deu uma entrevista chamando Lindberg de traidor. O que teria feito Lindberg deixar de ser "moleque e traidor em tão pouco tempo"? Volto a perguntar.
Quanto a Lindberg Farias, algumas coisas também ficam claras. Ele também trocou ofensas com o deputado. Em uma reunião recente com cabos eleitorais chegou a dizer que "errou ao se juntar a essas pessoas", se referindo a Rogério e seu grupo e ainda o chamando também de traidor. Ao aceitar Rogério de volta, o prefeito também demonstra total falta de respeito com o eleitor, total falta de compromisso e de ideologia. O que afinal significa hoje o apoio de Rogério para Lindberg? Apenas 5 minutos de televisão no horário eleitoral. Para isso, o que Lindberg teria penhorado em nome do contribuinte? Quanto custa adignidade de um homem? O tempo vai nos dizer.
Um comentário:
Olá almeida!!!
Voce tem toda razão sobre o deputado do DEM, mas o vice do Nelson tambem é um negocio sem forma do ponto de vista politico, contudo é um amigo uma pessoa que conheço mas a prática deste tucano é de arrepiar. Mas contudo dizem por ai que a politica mudou... Será??? E estas atitudes é politica??? Bem amigo Almeida saiba que o III vem ai estamos contando com voce.
Um Fraternal abraço.
Claudio Jeronimo.
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