Por Claudia Maria
Alunos de NI protestam contra
paralisação de obras em escola
Foto: Marco Antonio Oliveira
Fernanda Rodrigues
fernandarodrigues@jornalhoje.inf.br
Um design arrojado e moderno, salas de aulas confortáveis e com climatização, espaço amplo para prática de esporte e recreação, ensino de qualidade com professores motivados. Parece à escola dos sonhos, não é? E seria, se há mais de três anos as obras para reforma da Escola Municipal França Carvalho, no bairro da Prata, em Nova Iguaçu, não tivessem sido interrompidas, deixando quase 300 alunos “alojados” em um pequeno espaço nos fundos de uma escola particular, no mesmo bairro.
Casados desse descaso, cerca de 40 pequenos estudantes, muitos iniciando agora a fase do aprendizado, trocaram ontem seus cadernos e lápis por apitos e narizes de palhaço e foram as ruas. Tudo para chamar a atenção das autoridades e cobrar uma resposta sobre o andamento das obras da tão sonhada escola. Os pais, alguns moradores da comunidade e representantes da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização das Obras no bairro da Prata, também participaram da manifestação. A aluna Maria Eduarda de Lima, estudante da 2º série, com apenas 6 anos já conhece a dura realidade da educação no Brasil. “Meu sonho era poder estudar em uma sala de aula bonita, com ventilador e também um lugar para correr. Lá na minha escola agente não pode fazer isso. Queria que o prefeito olhasse pela gente e pela minha escola”, desabafa Maria Eduarda.
Segundo a presidente do Conselho Escolar da unidade, Penélope Duarte, atualmente a escola funciona nos fundos de uma instituição particular. O local, que possui cinco salas foi alugado provisoriamente pela Secretaria de Educação da Prefeitura de Nova Iguaçu enquanto durassem as obras. Em uma dessas salas, funcionam os setores da direção, secretaria, sala dos professores e a cozinha. As outras são revezadas pelos alunos do Ensino Fundamental até o 5º ano nos turnos da manhã e tarde. “Esse provisório já dura mais de três anos. É lamentável ver como nossos alunos estão sendo tratados, sem qualquer condição de um aprendizado de qualidade, já que muitos perdem a concentração por causa do calor e das salas apertadas, onde os alunos são obrigados a fazerem também suas refeições”, afirma Penélope.
Obras serão retomadas
Ontem de manhã, durante a cobertura dessa reportagem, a diretora da unidade, Lídia Figueiredo, que não quis se pronunciar sobre o protesto informou apenas que havia recebido uma ligação do próprio secretário de Educação, Jailson de Souza, afirmando que as obras seriam retomadas na próxima segunda-feira, dia 26.
Em nota a Prefeitura de Nova Iguaçu confirmou a informação. A nota informou ainda que uma alteração no projeto de construção da Escola Municipal França Carvalho, com verba estimada em mais de R$ 1 milhão, foi necessária e que a conclusão será feita em dois meses. A Prefeitura garantiu também que no próximo ano letivo (2010) os alunos já estariam utilizando as novas instalações da unidade. As obras foram iniciadas em março de 2006 com prazo inicial para o término em setembro no mesmo ano.
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