1.7.08

Eleições 2008

Com a decisão do deputado Rogério Lisboa (DEM) de não lançar candidatura própria e voltar a apoiar o prefeito Lindberg Farias, a eleição para prefeito aumenta a polarização entre Lindberg e Bornier (PMDB) e o caráter eleitoral passa a dar espaço para o aspecto de um plebiscito. É que sem a construção da chamada terceira via, o eleitorado iguaçuano vai às urnas não para escolher um prefeito, mas sim para dizer se Lindberg Farias deve ou não permanecer na Prefeitura de Nova Iguaçu. Essa característica de plebiscito se remete ao fato da polarização ser tão grande ao ponto de poder definir quem será o prefeito da cidade ainda no primeiro turno. Se por um lado essa condição acelera o processo eleitoral, por outro fere de raspão a democracia. Apesar das legendas mais radicais se unirem para lançar uma candidatura do PSOL, o debate ficará em torno dos nomes de Bornier e Lindberg. A falta de opções mostra que a classe política da cidade está cada vez mais reduzida a pó. Diante do quadro que está se desenhando, o número de votos nulos e brancos também tende a aumentar, o que poderá ser uma resposta do eleitorado ao modelo e prática da política em Nova Iguaçu. A alternância de poder também fica restrita diante do quadro atual. Um foi prefeito em passado recente e o outro é o atual prefeito. Pior de tudo é que esse quadro não tende a mudar muito para os próximos anos, pois a saída de Rogério do tabuleiro de candidatos também o anulou quanto a construção de uma terceira via. Mas, vamos esperar para para ouvir o que dirão as urnas.

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