Por Claudia Maria
Matéria publicada hoje no jornal Extra assinada pela brava Cintia Cruz. A situação está cada vez pior na Saúde.
Depois de meses sem receber o repasse do SUS, donos de clínicas e laboratórios que prestam serviço à Prefeitura de Nova Iguaçu decidiram recorrer à Justiça. A ação será encabeçada pelo Sindicato dos Laboratórios de Patologia e Análises Clínicas do Estado do Rio (Sindilapac), com o apoio das clínicas. Segundo o delegado do Sindilapac Mauro Terra, a dívida com os 34 prestadores já chega a R$ 22 milhões. E há unidades que estão há um ano sem receber.
— Pediremos o bloqueio desse valor nas contas da prefeitura.
Ontem, pacientes que fazem hemodiálise na clínica Renalcor se reuniram em frente à prefeitura para cobrar explicações das autoridades sobre o atraso no repasse. A professora Rônia Batista levou a mãe, Doralina Batista, de 85, que é paciente da clínica, à manifestação.
— Temo que a Renalcor deixe de prestar serviços.
Segundo a administradora da instituição, Neuma Souza, o último repasse pago foi referente ao mês de junho.
— Ainda não paramos porque se eles não fizerem a hemodiálise, morrem, mas não sabemos se continuaremos.
A família do aposentado Lucas Soares da Silva Filho, de 68 anos, teme que o Instituto Oncológico feche as portas. Lucas tem câncer de próstata e é paciente da unidade há um ano.
— Se fechar, para onde vou levá-lo? — indaga, aflito, o cunhado Paulo Elias.
Segundo a Secretaria de Saúde e Defesa Civil, os repasses da empresa Renalcor serão efetuados até o dia 10. O atraso, explicou, é resultado de acertos de termos de ajustes de contrato da empresa. Quanto ao Instituto Oncológico, a prefeitura disse que os repasses foram feitos no dia 29. Sobre as outras empresas, a secretaria disse que todas as demandas estão em sindicância interna, e em processo de agilização dos repasses pendentes junto à Procuradoria Geral do Município para regularização.
‘Se ficar sem hemodiálise, eu morro’Marilene Degani, 51 anos, aposentada
“Moro em Anchieta e faço hemodiálise há 11 anos. Por causa das obras da Transcarioca em Madureira, fui transferida de lá para a Renalcor há dois anos. Se ficar uma semana sem diálise, morro de infecção generalizada. Por isso, é feita dia sim, dia não. Semana passada foi a pior hemodiálise da minha vida. Quando soube que poderíamos ficar sem atendimento, fiquei desesperada. Além disso, não aplicamos o medicamento Hemax, contra anemia, porque não tinha seringa”.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/baixada-fluminense/moradores-podem-ficar-sem-atendimento-em-clinicas-devido-dividas-da-prefeitura-6918737.html#ixzz2E5AwHL8F
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