28.12.12

Matéria publicada no Jornal de Hoje

Por Claudia Maria
 
Jornal de Hoje nas bancas:

"Desde o dia 24, mais de 80% das clínicas particulares conveniadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão com suas portas fechadas, de acordo com o médico patologista Mauro Terra. Motivo? As mesmas seguem sem o repasse de verbas da prefeitura. Sem pagamento, além de diversos serviços paralisados e o 13° atrasado, mais de 35% de funcionário foram demitidos. Segundo Mauro Terra, diversas clínicas vinham funcionando através de empréstimos, mas agora esses empréstimos já não estão suprindo mais a falta de repasse.
“Sem pagamento, o setor privado conveniado ao SUS teve cerca de 35% de seus funcionários demitidos. Vários serviços estão com pagamentos de 13° atrasados. E os funcionários entendem, pois estão a par dessa situação. O serviço privado vinha funcionando com empréstimos para poder pagar salários dos funcionários, mas chegou uma hora que nem empréstimo se consegue mais. Portanto, nos reunimos, conversamos e chegamos a uma conclusão: fecharmos as portas até a chegada da nova gestão” afirmou Mauro Terra.
Dentre as clinicas fechadas estão: Pronto Diagnose, Terra Pereira, Laboratório Ribeiro, Clínica Cial e a Climol, que está com 70% de seus serviços parados. O Hospital Prontonil está com o setor de emergência pediátrica sem funcionar, de acordo com o doutor Mauro Terra. A previsão de abertura de algumas clínicas é para o dia 2 de janeiro, outras a partir do dia 7. Em apurações feitas pelo JH, diversas clínicas não tinham mais condições de funcionar, algumas estavam até sem luz.

Empresas ansiosas pelo novo governo

O setor privado se diz exausto de tanta cobrança e não ter o mínimo de retorno. Portanto, está aguardando a posse do novo governo para que possa haver uma real solução para todos esses problemas.
“A grande preocupação da prefeitura, por incrível que pareça, é saber se houve propina. Eles não estão preocupados em saber o
porquê de o pagamento estar atrasado, ou como irá pagar. Em relação ao bloqueio de contas, a prefeitura ainda não se pronunciou. E provavelmente irá perder o prazo, levando então o problema para o governo seguinte resolver. O novo governo já deu sinais de boa vontade em conversas oficiosas, deixando claro que é impossível pagar essa dívida de uma vez só. Mas estuda uma forma, precisando do nosso apoio para a saúde pública voltar a funcionar como deve. Mostram que estão cientes dos problemas e que irão encontrar uma rede muito sucateada, com muitos problemas. E com isso o serviço privado vai continuar a atender, vai continuar a se esforçar ao máximo para poder ajudar e colaborar. Tenho certeza que esses 4 anos serão bem melhores do que os últimos 8. Porque nesses 8 anos fomos obrigados a conviver com atraso e descaso o tempo todo. Então não temos muita saída, porque se for cobrar agora, não adianta muita coisa. Quanto tempo estamos aqui brigando, reclamando e lutando? Se a empresa denuncia, pouca coisa acontece. Agora é esperar ansiosamente, para a posse no novo prefeito. Temos a certeza que pelo menos seremos respeitados. Sabemos que será uma relação transparente, de parceria do setor público com o setor privado. Quem sairá ganhando é a população, que terá um serviço de qualidade. É obvio que sabemos que terá uma série de reajustes, de protocolos, porque nós já conhecemos o modo do prefeito eleito de trabalhar. Não sabemos quem será o secretário, mas sabemos as diretrizes que ele costuma dar nas gestões dele. Então com certeza esses reajustes serão bons para a população e para o setor privado. Que é o que importa. Acho que nesse momento estamos ansiosos pela transição. Vale lembrar que os pagamentos continuam atrasados, que não houve movimentação nenhuma e não conseguimos falar com ninguém. Tivemos pouquíssimas mudanças, a modificação é quase imperceptível. Esperar é nossa única solução. Mas é esperar com a certeza de que pelo menos terá a transparência; que o que for tratado será cumprido” concluiu o Mauro Terra".
 
 
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