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Por Claudia Maria 
  
Jornal de Hoje nas bancas:  
  
"Desde o dia 24, mais de 80% das clínicas particulares conveniadas pelo Sistema 
Único de Saúde (SUS) estão com suas portas fechadas, de acordo com o médico 
patologista Mauro Terra. Motivo? As mesmas seguem sem o repasse de verbas da 
prefeitura. Sem pagamento, além de diversos serviços paralisados e o 13° 
atrasado, mais de 35% de funcionário foram demitidos. Segundo Mauro Terra, 
diversas clínicas vinham funcionando através de empréstimos, mas agora esses 
empréstimos já não estão suprindo mais a falta de repasse.  “Sem pagamento, o 
setor privado conveniado ao SUS teve cerca de 35% de seus funcionários 
demitidos. Vários serviços estão com pagamentos de 13° atrasados. E os 
funcionários entendem, pois estão a par dessa situação. O serviço privado vinha 
funcionando com empréstimos para poder pagar salários dos funcionários, mas 
chegou uma hora que nem empréstimo se consegue mais. Portanto, nos reunimos, 
conversamos e chegamos a uma conclusão: fecharmos as portas até a chegada da 
nova gestão” afirmou Mauro Terra.  Dentre as clinicas fechadas estão: Pronto 
Diagnose, Terra Pereira, Laboratório Ribeiro, Clínica Cial e a Climol, que está 
com 70% de seus serviços parados. O Hospital Prontonil está com o setor de 
emergência pediátrica sem funcionar, de acordo com o doutor Mauro Terra. A 
previsão de abertura de algumas clínicas é para o dia 2 de janeiro, outras a 
partir do dia 7. Em apurações feitas pelo JH, diversas clínicas não tinham mais 
condições de funcionar, algumas estavam até sem luz. 
  Empresas ansiosas 
pelo novo governo
  O setor privado se diz exausto de tanta cobrança e não 
ter o mínimo de retorno. Portanto, está aguardando a posse do novo governo para 
que possa haver uma real solução para todos esses problemas. “A grande 
preocupação da prefeitura, por incrível que pareça, é saber se houve propina. 
Eles não estão preocupados em saber o  porquê de o pagamento estar atrasado, 
ou como irá pagar. Em relação ao bloqueio de contas, a prefeitura ainda não se 
pronunciou. E provavelmente irá perder o prazo, levando então o problema para o 
governo seguinte resolver. O novo governo já deu sinais de boa vontade em 
conversas oficiosas, deixando claro que é impossível pagar essa dívida de uma 
vez só. Mas estuda uma forma, precisando do nosso apoio para a saúde pública 
voltar a funcionar como deve. Mostram que estão cientes dos problemas e que irão 
encontrar uma rede muito sucateada, com muitos problemas. E com isso o serviço 
privado vai continuar a atender, vai continuar a se esforçar ao máximo para 
poder ajudar e colaborar. Tenho certeza que esses 4 anos serão bem melhores do 
que os últimos 8. Porque nesses 8 anos fomos obrigados a conviver com atraso e 
descaso o tempo todo. Então não temos muita saída, porque se for cobrar agora, 
não adianta muita coisa. Quanto tempo estamos aqui brigando, reclamando e 
lutando? Se a empresa denuncia, pouca coisa acontece. Agora é esperar 
ansiosamente, para a posse no novo prefeito. Temos a certeza que pelo menos 
seremos respeitados. Sabemos que será uma relação transparente, de parceria do 
setor público com o setor privado. Quem sairá ganhando é a população, que terá 
um serviço de qualidade. É obvio que sabemos que terá uma série de reajustes, de 
protocolos, porque nós já conhecemos o modo do prefeito eleito de trabalhar. Não 
sabemos quem será o secretário, mas sabemos as diretrizes que ele costuma dar 
nas gestões dele. Então com certeza esses reajustes serão bons para a população 
e para o setor privado. Que é o que importa. Acho que nesse momento estamos 
ansiosos pela transição. Vale lembrar que os pagamentos continuam atrasados, que 
não houve movimentação nenhuma e não conseguimos falar com ninguém. Tivemos 
pouquíssimas mudanças, a modificação é quase imperceptível. Esperar é nossa 
única solução. Mas é esperar com a certeza de que pelo menos terá a 
transparência; que o que for tratado será cumprido” concluiu o Mauro 
Terra". 
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