Carlos Gilberto Triel
Antes só existia lixeira a céu aberto no bairro de Olavo Bilac em Duque de Caxias, de repente, veio o Consórcio Rios da Baixada (Carioca, OAS e Delta) e iniciou-se a construção de 5 campos de futebol para os ribeirinhos do Sarapuí. Sabe daquele ditado, o apressado come cru? Pois é... A obra terminou antes de ser concluída.
A pelada e o churrasco de final de semana correm soltos na grama recém-plantada. As mais diversas espécies de animais, porcos, bois, cavalos e aparentados, vandalizam os canteiros em toda sua extensão e, os campos de esportes em beneficio da própria comunidade não puderam ser construídos.
O que não se entende, do porquê os moradores, os que não participam dessa aberração de fazer uso antecipada dessa área de lazer, não cobrarem de sua associação, do vereador do bairro, uma providência para impedir esse desleixo e, sobretudo, uma atitude firme contra essa irresponsabilidade?
Nesses tempos em que empresas de construção civil são estigmatizadas como vilãs de superfaturamento, não há orçamento que banque uma continuidade de obras em que a própria comunidade deixa destruir. O constrangimento é tanto que o próprio Consórcio considera essa etapa a fundo perdido.
Entretanto, no início do plantio da grama o Consórcio fora avisado de que era um risco muito grande começar os serviços sem que houvesse o isolamento da área. E, além da falta de um canteiro de obras decente, de tapumes para isolamento da área, e sem equipe de segurança, a bola acabou vinda mesmo pelas costas.
Verifica-se inadequação entre a relação Contratante e Contratada. O primeiro, esse Estado politiqueiro que sublima um item em detrimento dos outros; o segundo, a Empreiteira sempre furada nos custos, amarrada, porque lá atrás, Deus sabe o quê a turma de cima andou aprontando.
Sem falar na opção descabida da espécie Bermudas plantadas diretamente sobre um aterro feito sobre uma área degradada, sem que houvesse nenhum critério ou sensatez para sua escolha, se considerarmos às peculiaridades da região e do próprio meio ambiente.
Enfim, a comunidade foi quem pagou o pato, depenado, mal passado porque quis comê-lo antes da hora. O Estado e as empreiteiras, no fundo, no fundo, não estão nem aí, afinal, daqui a pouco tudo será reiniciada, com novos custos, nova grama e quem sabe com novos porcos e os mesmos patos.
Carlos Gilberto Triel é jornalista e apresenta aos domingos das 07hs às 9hs da manhã, na Rádio Tropical 830AM www.tropical830am.com.br o programa sobre a cidade de Nova Iguaçu “Se é Sucesso eu Toco”. E de 2ª a 6ª feira às 17:50hs a Oração da Ave Maria.
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