29.11.07

Ecos de Brasília

Marcos de Castro Lima, subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, está sendo chamado de "novo Waldomiro Diniz". É que segundo denúncias feitas pelo senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Lima esteve em seu gabinete oferecendo a liberação de R$ 6 milhões em emendas para que o senador votasse favorável à prorrogação da CPMF. O presidente interino do Senado, Tião Vianna (PT-AC), determinou que o corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PTB-SP), começe as investigações. Tudo indica~que este novo escândalo vai atrapalhar a votação da CPMF e até mesmo ecos nas eleições municipais.

Xiii

Mais uma vez o governo Lindberg Farias erra. É que novamente ele pretende fazer uma alteração no seu secretariado sem consultar os partidos. Isso vai provocar um abalo nas estruturas do governo. Em um modelo mais orgânico, o prefeito deveria procurar os partidos e a base aliada para discutir tal reforma. Tomar uma decisão dessa, neste momento, será um perigo. As bases, sobretudo aquelas que estão mais à esquerda, vão reclamar e endurecer a negociação.

Confirmando

Conforme este BLOG antecipou, de fato terá a reforma no secretariado do Governo. Ela acontece no dia 15 de dezembro. Essa é uma antecipação da crise que vai ser gerada por desagrados a alguns dos aliados. O fato de acontecer no dia 15, data em que a Câmara entra em recesso, evita que a mudança não repercute na Câmara.

28.11.07

Mais depoimentos

Por Claudia Maria

Fontes na Justiça garantem que o braço direito da super secretária Marli de Freitas, a secretária adjunta, Mônica Rangel, será notificada nos próximos dias para prestar depoimento sobre possíveis irregularidades no repasse de verbas da Saúde. Vamos ver se ela vai seguir os passos de outros membros do governo que sempre que são chamados para depor apresentam atestado de saúde para protelar o depoimento.

E agora?

Por Claudia Maria

Na próxima segunda-feira os funcionários da Prefeitura de Nova Iguaçu poderão ter uma grande vitória sobre a ditadura Lindberguiana. Está marcada para as 14h audiência no Ministério Federal do Trabalho onde deverá ser assinado termo de conduta. Isso significa que a Prefeitura terá que pagar os R$ 41 milhões do Fundo de Garantia que estão liberados na Caixa Econômica Federal mas que o prefeito general vem protelando. Lindberg terá que entregar a Justiça os nomes dos funcionários para que a Caixa possa fazer o pagamento. Vamos ver se ele vai conseguir continuar driblando a Justiça como têm feito até agora.

A reforma

Mais cedo o mais tarde Lindberg Farias terá que fazer a reforma no seu governo. Fontes ligadas ao gabinete do prefeito dizem que ele pretende antecipar a reforma de abril - prazo em que os candidatos têm para deixarem seus cargos - para o fim de janeiro. O que Lindberg quer, na verdade, é evitar que uma crise aconteça em pleno início de campanha eleitoral.
Marli de Freitas (PT) terá que deixar a Educação e Saúde, pois será candidata a vereadora. Na secretaria-adjunta de Saúde, Paulo Santana (PT) também deixa o cargo para se candidatar vereador. Birro terá que deixar o Esporte e voltar para a Câmara, numa tentativa de reeleição. O secretário de Participação Popular, Hélio Porto (PT) é outro que pretensões eleitorais. Maurílio Manteiga (PSDB) deixará a secretaria de Governo. Tuninho da Padaria (DEM) deixa a Emlurb. Bispo Marivaldo (Igreja) deixará a secretaria de Articulação Política. Esses, pelo menos, são alguns nomes na lista do primeiro escalão do governo que concorrerão em Nova Iguaçu. Mas há outros.
Ricardo Cappelli (PCdoB) deve se afastar para se candidatar a uma vaga de vereador na Câmara do Rio de Janeiro. Cláudio Repolho (PT), que trabalha no gabinete da Articulação Política também deve deixar o governo. Esses são alguns nomes entre outros que não estão citados aqui.
Com esse troca-troca de cadeiras começará a crise. O motivo é simples: aqueles que deixarem seus cargos lutarão para manter seus indicados nos cargos. Já os novos nomeados vão lutar para colocar pessoas de confiança no lugar. Vai ser um cabo-de-guerra que o governo pretende antecipar para não acontecer no início de uma campanha eleitoral.
Imaginem só: Carlinhos Presidente (DEM), depois de três anos como vereador assumindo a vaga deixada por Marli, terá que deixar o cargo. Para isso, seus assessores terão que receber espaço no governo e ele fará pressão, provavelmente, para continuar sendo contemplado pelo prefeito. Mas, ele justamente vai precisar de Lindberg como cabo-eleitoral na região onde Marli, que cedeu a vaga esses três anos, tem seu reduto eleitoral. Não só ele. O também suplente Rubens Sodré (PT) deixa a Câmara e vai fazer campanha no mesmo reduto, local onde os três têm compromissos políticos com Lindberg.
A briga por espaço político no govwerno sempre aconteceu. Tende a agravar com a proximidade da eleição. Portanto, mais uma crise é esperada, sem precisar que um Nostradamus nos diga.

24.11.07

O formato das nuvens

Tancredo Neves dizia que a política era igual a nuvens. Você olha para o céu e vê uma coisa. Baixa a cabeça e volta a olhar, a coisa já é outra. Isso traduz, hoje, a importância de Mario Marques (PSDB) no cenário político de 2008.
Hoje Mario é o fiel da balança, pelo isso é o que mostram as pesquisas.
Quando os institutos de pesquisas vão às ruas de Nova Iguaçu com o nome de Mario Marques como prefeitável, os números de Bornier têm uma ligeira queda. Quando o nome do Mario não está nas pesquisas, o eleitorado dele fica com Bornier.
Essa situação tem feito o prefeito Lindberg Farias tratar o ex-prefeito Mario Marques com mimos e carinhos. Quer que quer que ele seja candidato, pelo menos neste momento onde mostra que a vitória de Lindberg não está garantida. Tanto carinho pôde ser percebido em recente evento da Câmara de Vereadores. Com pompas, Lindberg não deixar de mostrar o quanto está bem com Mario Marques, que hoje é adversário de Nelson.
Porém, nem tudo são flores. Com o novo modelo de campanha eleitora inaugurada em 2006, show, brindes e uma série de coisas foram proibidas. Neste sentido, o tempo de TV é ficou mais valioso ainda. É aí que mora o dilema: Apoiar Mario a ser candidato ou ter o tempo do PSDB na aliança. Isso tem sido a grande dúvida dos pensadores de política do governo. Mas, como disse antes, as nuvens ainda ganharam novos formatos.

22.11.07

O que será que eles pensam?

Por Claudia Maria

Almeida tinha razão. Não dá para receber uma notícia de comemoração do aniversário do Hospital da Posse sem sentir o rosto esquentar e pensar em todas aquelas pessoas que já precisaram daquela unidade e tiveram que voltar para casa sem atendimento ou mendigar por ele em um hospital do Rio ou mesmo morrer sem o bendito atendimento. O que será que se passa pela cabeça dessas pessoas quando pensam em comemoração quando deveriam receber uma injeção de humanismo e trabalhar com mais respeito (será que sabem o que essa palavra significa) pela população. Comemorar o aniversário daquela unidade é como dar um soco no estômago da população. É de uma falta de respeito que só se compara com a nomeação da contadora Mônica Rangel para o cargo de diretoria administrativa da unidade. Vejo com muita tristeza que esse governo faça uma festa para comemorar o aniversário de um hospital que foi abandonado pela atual administração pública. Um hospital onde faltam até luvas para os médicos e enfermeiros, um hospital onde o neurocirurgião é obrigado a operar crânios com brocas de marceneiro para não deixar o paciente morrer porque não tem equipamentos apropriados.
O aniversário do Hospital da Posse seria um momento para reflexão. Um momento para olhar em volta e ver que a unidade mais perdeu do que ganhou nesses últimos 25 anos. No dia do aniversário do Hospital da Posse, pacientes, familiares, médicos e funcionários deveriam se vestir de preto e entregar a secretária de Saúde, Marli Freitas, e ao prefeito Lindberg Farias, rosas escuras como ficam as almas das famílias que vêm seus familiares morrerem sem recursos. Marli e o prefeito deveriam, um dia, visitar esses familiares. Quem sabe assim teriam um lampejo de humanidade e percebessem que a política feita por eles é de extermínio e não de construção. Quem sabe, deixariam de ostentar tanta arrogância e entendessem que a população não é idiota para continuar apagando velhinhas de um aniversário que mais lembra morte do que renascimento.

Batendo palma para maluco

Por Claudia Maria

A entrega da maior honraria que um cidadão pode receber em Nova Iguaçu, medalha Comendador Soares, aconteceu no teatro do Sesc com toda pompa e circunstância. Diante de uma platéia repleta e festiva, o prefeito general Lindberg Farias, fez o que sabe fazer de melhor: contou história. Falou de uma cidade imaginária que parece só ele conhecer, distribuiu sorrisos, abraços e beijos e recebeu, todo orgulhoso, a medalha das mãos do ex-amigo ou inimigo político, vereador Marcos Fernandes. O Comendador deve estar se revirando no túmulo até agora!

Xiii

Não tive contato com a Claudinha, hoje. Mas ela vai ficar furiosa quando ler essa nota. É que... acreditem se quiser: cheio de pepino, com péssimas condições de funcionamento, amanhã será feita uma festa em homenagem aos 25 anos do Hospital da Posse. Vai dar melelê. Acredite.

Jura jurava

Jurandir do PT jurou que não iria para o Hospital da Posse, conforme este blog havia antecipado. Disse, por telefone, que tudo não passava de boataria. Que nada iria acontecer. Agora, vocês sabem por onde ele anda? No Hospital da Posse. Descomjuro a jura do Jura.

14.11.07

Premiação

Por Claudia Maria

Depois de várias denúncias sobre irregularidades no atendimento no Hospital da Posse, o prefeito general Lindberg Farias resolveu tomar uma atitude. Mas se engana quem pensa que foi uma atitude moralizadora. O ex-cara pintada retirou o coronel Lanranjeiras e colocou em seu lugar a sub-secretária de Saúde, Mônica Sanches, na diretoria financeira da unidade. Para quem não sabe, Mônica é citada em investigação que segue em segredo de justiça no Ministério Público Federal, onde é apontada como uma das possíveis responsáveis por possível desvio de verba na Saúde. A voz de Mônica também já foi ouvida pela cidade em gravação que vazou da investigação onde ela diz que "foram desviados R$1,8 milhões na confecção de receituários". é claro que todo mundo é inocente até que se prove o contrário, mas, o prefeito poderia ao menos esperar o rumo das investigações para depois premiar a moça. Mesmo sem o resultado final das investigaçoes, fica uma sensação desconfortável no ar, já que existem outras denúncias envolvendo o Hospital da Posse. Mais uma bola fora do prefeito.

Quem diria...

Por Claudia Maria

Outra que quase não dá para acreditar. Vejam vocês: o vereador Marcos Fernandes foi o responsável por uma das várias crises no governo Lindberg. Primeiro líder do governo na Câmara. Depois de se sentir desprestigiado, conseguiu reunir os companheiros e começou uma campanha forte contra o prefeito general. Fizeram até camisa com a inscrição "chega de corrupção, fora Lindberg". Foram para a rua, distribuiram panfletos, abriram CPI, fizeram de tudo. Quando parecia que finalmente afastariam o prefeito, Lindberg posso tudo o que eu quiser Farias (como diz meu amigo Gabriel Barbosa), grande parte do grupo voltou para os braços do poder, inclusive ele, Marcos Fernandes. Restaram apenas seis na oposição. Marcos Fernandes não voltou para a liderança de governo mas voltou a frequentar o palanque e colocar faixas agradecendo ao prefeito o que ele, prefeito, tinha a obrigação de fazer. Mas, nada se compara ao seu último gesto: Dia 21 vai homenagear aquele que chamou até de "canalha" com a medalha Comendador Soares, uma grande honraria dada pela Câmara. Isso aconteceu em apenas seis meses! O que teria acontecido para Marcos Fernandes mudar de idéia e considerar o prefeito digno de tal honraria?

Vergonha

Por Claudia Maria

Só conhecendo mesmo a cidade para acreditar. Pode parecer incrível mas é verdade, posso lhes garantir. A maioria dos leitores desse Blog sabe que os vereadores de Nova Iguaçu abriram algumas CPIs para investigar o governo. Algumas delas estão suspensas sob liminar. Mas, uma delas, a da Saúde, foi até o fim. O relator, vereador Marcos Ribeiro, chegou a conclusão que aconteceram irregularidades no repasse de verbas. Baseado em depoimentos e provas documentais, ele fechou o relatório que foi entregue a presidência da comissão e a procuradoria da Casa. Porém, Marcos não contava com uma estratégia dos dois colegas de comissão: vereadores Baiano e Claudio Cianni. Os dois fizeram outro relatório, muito mais ameno, e engavetaram o do colega. Mas, a estratégia não deu muito certo: Marcos Ribeiro enviou o documento que fez ao Ministério Público que terá muito o que investigar.

Fragilização da Câmara

Este artigo tem, sim, a pretensão de chamar a atenção dos vereadores para uma campanha que está em andamento, sobretudo com apoio de prefeitos e deputados federais, além de senadores, que querem diminuir o poder das câmaras municipais e jogar a opinião pública contra elas. Não que eu estou defendo vereadores, mas o que está para acontecer, caso a votação da PEC 333B/2004 for aprovada com o texto do deputado Vitor Penido (PT/MG), é o ferimento da autonomia dos poderes, diminuindo os repasses das prefeituras para essas câmaras, mas aumentando, em alguns casos, as suas despesas. Vejamos o que pode acontecer em Nova Iguaçu.
Se o texto aprovado for o do deputado Vitor Penido, o número de vereadores na cidade aumenta de 21 para 29. Apesar de aumentar a quantidade de parlamentares na Casa, passando a imagem de que mais comunidades serão representadas no Legislativo Municipal, o que vai acontecer é o contrário. Os vereadores serão fragilizados, pois o texto inclui a diminuição dos repasses da Prefeitura para Câmara. Poderá ser de 5% para 1,75%. Haverá aumento de despesas e uma queda no repasse. Vai criar um Legislativo dependente do Executivo, o que mexe na “autonomia” dos poderes. É a fragilização de um órgão que deveria ter como principal função a fiscalização do Executivo.
Vejamos: Para o ano de 2008, está previsto um repasse para a Câmara na ordem de R$ 11 milhões. Valor não muito diferente do ano de 2009, exceto que aconteça um crescimento na arrecadação municipal surpreendente. Se o texto for aprovado, como se espera, em 2009 o repasse será 2/3 que o de 2008. Com o corte o repasse será pouco mais de R$ 5 milhões. Mas, o que isso representa? Isso representa um quadro grave, quando visto que o número de parlamentares será maior que os atuais 21. Com oito vereadores a mais, só o gasto com os salários destes novos parlamentares, por ano, será um aumento R$ 840 mil na folha. O custo na manutenção dos 29 vereadores, por ano, será de R$ 3,04 milhões. Isso fora a manutenção do quadro de funcionários e dos gabinetes. Afetaria a Lei de Responsabilidades Fiscais, que determina que o dinheiro gasto com a folha de pagamento não ultrapasse 70% do repasse. Cortes nos salários seriam inevitáveis e a diminuição de assessores imprescindível. O vereador perderia espaço político, passando a depender mais do Poder Executivo para manter as garantias do poder político. Algo que seria péssimo para o Município.
Mas, o que motivou tal ação do Congresso, onde os líderes partidários sinalizam que vão votar em primeiro turno a PEC com o texto de Vitor Penido? O comportamento do próprio Legislativo. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) revela que os principais projetos votados nas câmaras municipais do Brasil referem-se às mudanças de nomes de ruas ou a aprovação de títulos de cidadania. Isso joga a opinião pública contra os vereadores, que têm como função principal a fiscalização do Poder Executivo. A falta de debates politizados, a falta de um comportamento mais voltado para o debate de políticas públicas, fez com que as câmaras municipais passassem a ser vistas como algo dispensável. Essa é a razão do Congresso querer diminuir o custo a manutenção delas.
A fragilização dos vereadores interessa muito aos deputados, sejam eles federais ou estaduais. O vereador com pouco espaço político é uma ameaça menor no campo da batalha eleitoral. E, neste caso, passam a ser cabos-eleitorais melhorados nas respectivas campanhas.
Não estou aqui para defender benefícios aos vereadores, mas para mostrar, de um ângulo mais amplo, o quanto o Poder Legislativo poderá ser fragilizado. Uma câmara fragilizada poderá representar em uma subserviência de um Poder ao outro. Um governo sem oposição é péssimo para uma cidade. Um vereador sem autonomia, idem. Tudo indica que estamos caminhando para o fim da representatividade, apesar de aumentarmos na quantidade de representantes na Câmara. Péssimo para a Democracia.

8.11.07

Falsa sensação

O governo Lindberg Farias, desde dos primeiros dias de gestão, mostrou-se instável. Assim continuou e continua. Não há secretário ou membro do primeiro-escalão que não se sinta ameaçado. Em todas as pastas os titulares já foram modificados. Isso também reflete a alternância de Lindberg nas pesquisas.
Os aliados mais próximos dos prefeito percebem que quanto ele cresce nas pesquisas, acaba tratando com desdém os seus aliados. Quando está ruim, Lindberg faz coisas mirabolantes para conquistar apoio. Isso pode mexer no futuro político do rapaz.
Se ele tem um projeto eleitoral para se candidatarm a governador, poderá perder apoio de aliados no futuro, fruto da sua relação no passado e no presente. Digamos que ele seja reeleito - fato que será muito difícil se Nelson Bornier realmente jogar uma campanha pesada -, Rogério Lisboa, sendo o vice, terá que administrar a cidade enquanto Lindberg vai tratar dos acordos e alianças possíveis. Uma nova relação de interlocução entre governo e aliados vai ser estabelecida. Neste sentido, assim que Lindberg se desincompatibilizar do cargo, coisa que teria que acontecer em abril de 2010, as farpas do passado vão começar a arranhar a pele. Muitos dos atuias aliados dirão que o acordo já foi cumprido e que os compromissos foram feitos durante a sua passagem na prefeitura. Enfraquecido, o plano eleitoral de Lindberg nascerá no merredouro. Até alas do PT com quem ele criou atrito vai se posicionar contra o rapaz. Isso sem falar em Benedita e outros que estão no governo de Cabral.
Essa falsa sensação de segurança sinaliza que o futuro do atual prefeito não está tão bom quanto ele pensa.

7.11.07

Epidemia

Este blog denunciou que 28 veículos estavam parados aguardando manutenção na Coordenadoria de Controle de Vetores, onde ficam os agentes de comabe à dengue. Vejam vocês: os jornais estão anunciando que os casos de dengue registrados este ano já superou quese 50% em relação ao ano passado. Com os veículos parados, que deveriam estar levando os agentes ao combate, tudo indica que Nova Iguaçu - não precisa ser Nostradamus - uma das cidades com maior registro do caso. Isso por descasso, pois dos 30 veículos que existem para o combate a endemias, apenas dois estão nas ruas. Semana passada mais dois foram para a manutenção. No entanto, 26 estão paralisados no pátio. Gravem bem o que estou escrevendo.

Xiii

A briga do Prefeitura de Nova Iguaçu com a Cedae pode afetar, na verdade, o pobre do iguaçuano. O prefeito conseguiu aprovar a criação de uma companhia municipal de água eesgoto. Algo que envolve a bagatela de R$ 50 milhões em jogo. Será que a prefeitura está preparada para enfrentar esse grave problema que assola o município, totalmente carente desses serviços? Acredito que não. Porém, de olho neste R$ 50 milhões, o prefeito está autorizado pela Câmara a criar esta companhia. Vamos esperar para ver a criação desta companhia.

Ps.: Por falar em criação disso e daquilo, ontem saiu publicado nos Atos Oficiais um mimo à Juventude do PT. Foi criada a secretaria municipal da Juventude. O secretárioé Anderson Batata, que será candidato em 2008, e já pode com o seu salário de R$ 7 mil fazer o fundo de campanha. O secretário-adjunto é o Xandão, atual presidente do PT. Seu salário será de R$ 4 mil.

Legal, mas imoral.

O prefeito Lindberg Farias publicou, no dia primeiro de novembro, uma lei aprovada pela Câmara e que dá à Prefeitura o direito de ceder a dívida ativa municipal como forma de antecipação de recursos para serem aplicados como contrapartida nos convênios do PAC e do BID. Tal iniciativa é comum, mas vale algumas reflexões:

Se vendemos moeda podre, que é a nossa dívida ativa, por quanto vendemos? A quem vendemos esse direito? Será que é possível executar uma dívida de mais de cinco anos atrás?

Como se vê, a divída ativa foi rifada e o povo não sabe por quanto e nem quem a comprou. Isso, na verdade, é muito grave. Trata-se de dinheiro público e toda a transparência sobre essa transação deveria ser debatida com o povo, através de uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
Com a nova lei, a instituição financeira que ofereceu os créditos em troca da dívida ativa, vai "cravar os dentes" no pobre do contribuinte. Não falo que é justo dever ao município. Não é justo, e isso poderá acontecer, é executar dívidas de famílias miseráveis. Isso será um injustiça. Uma imoralidade, apesar da legalidade. Lamentável isso acontecer na cidade.

5.11.07

Chuvas e mais chuvas

Por Claudia Maria

As chuvas continuam castigando os moradores da Baixada Fluminense. Em Nova Iguaçu, moradores de bairros como Caioba e Posse (mais especificamente Ruas E e F), não estão nada satisfeitos com o governo municipal. Eles se lembram de quando o prefeito general Lindberg Farias anunciou que estavam livres das enchentes. Lindberg devia andar mais pela cidade. Morar na Zona Sul tem sido um transtorno. Afinal, para ele chegar de Ipanema à Nova Iguaçu em dia de chuva fica difícil de ver o que realmente acontece na cidade. Talvez, seja por isso que ele não viu a enchente. Quando conseguiu chegar as águas já estavam baixas.

Cremerj em Nova Iguaçu

Por Claudia Maria

A presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, informou que vai marcar uma audiência com os prefeitos do Rio, César Maia e com o prefeito de Nova Iguaçu, coronel Lindberg Farias. Márcia também vai à Brasília tentar um audiência com o presidente Lula. Márcia busca melhoria para a crise no setor da Saúde. Na conversa com o coronel, ela vai falar da situação no Hospital da Posse e das denúncias de médicos que chegam até ela. Para Márcia, não adianta o prefeito contar a história que seus assessores estão tentando implantar de que as fotos publicadas no jornal O Globo foram montadas. Márcia conhece bem a rede pública e tem outras denúncias de profissionais que trabalham na unidade. Ao contrário de gastar energia tentando desmentir o que está na cara, basta entrar na emergência do hospital para ver, o governo deveria pelo menos tentar diminuir os problemas no Hospital. Ter coragem para admitir que fracassou e fazer alguma coisa urgente. Afinal, estamos falando de vidas humanas. No último final de semana, não tinha pediatra nem neuro atendendo na emergência. Algumas crianças acidentadas tiveram que se socorrer no Prontonil que não tem tomografo, o único na região está exatamente no Hospital da Posse.