24.7.07

Não tem Nós do Morro, nem Nós da Baixada, "tem nós moscada que se moscar apanha"

A Prefeitura de Nova Iguaçu, em parceria com o Observatório das Favelas e com o grupo Nós do Morro, está realizando um curso de Formação em Comunicação Crítica. As aulas acontecem no Centro Cultural. Fico me pergutando de que tipo de formação crítica eles devem estar falando. Crítica é uma coisa difícil nesse governo. Os que ousaram fazê-la foram duramente rabatidos. O funcionário Antonio Barbosa, que tem mais de 20 anos de Prefeitura, ousou ser o vice-presidente da Associação dos Funcionários, reivindicou seu direito de ter o Plano de Cargos e Salários e foi arrolado em um inquérito administrativo cujo motivo nunca foi comunicado. Eu mesmo, fui demitido do jornal Hora H a pedido do governo Lindberg porque ousei apontar algumas irregularidades. Jornalistas que ousaram escrever contra o governo foram chamados de jornalistas do mal. O jornalista Eliseu Pires teve o seu jornal Tribuna da Região proibido de circular no prédio da Prefeitura. Afinal, será que o pessoal do Observatório de Favelas vai conseguir fazer alguma crítica ao governo ou vai ficar no chove não molha de falar que a grande imprensa vive a serviço das elites do país, discurso que ninguém aguenta mais? Um curso de Formação Crítica para valer deveria discutir, em primeiro lugar, a imprensa local e seus compromissos com o governo, o resto é conversa fiada.

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