O governo Lindberg Farias não consegue viver sem crises. Este BLOG já dizia que a disputa interna entre Fausto Severo Trindade (Planejamento e Gestão) e Duncan Frank Semple (Governo) estva ultrapassando os limites, paralisando a máquina e a administração. Crise semelhante aconteceu em outras pastas.
Na Educação, Marli de Freitas não se dava com seu secretário-adjunto, Emílio Araújo. Emílio deixou o governo e é o autor do livro que denuncia a irregularidade no uso de bolsas de estudo. Na Cultura, Daniel e Lino Rocca se uniram formnando um grupo e Roberto Larqa e Jorge Cardoso, outro. Todos deixaram a pasta e só Cardoso está no cargo, enquanto quem foi nomeado foi secretário Marcus Lontra, que de certa forma é a representação de um terceiro que não aparece e se chama Raimundo Rodrigues.
Na Saúde foram várias crises. A primeira envolveu o então secretário Valcler Rangel Fernandes, que não tinha autonomia para administrar e preferiu não segurar a batata assando que é a pasta. O secretário-adjunto da mesma, Paulo Sant'Anna, também saiu brigado com o governo. Quem assumiu foi Gláucia Bonn, que também deixou o cargo e passou a ser a presidente da Codeni que, por sua vez, deixou a companhia e hoje está na geladeira, num cargo de secretária-adjunta de Governo. A primeira crise mesmo aconteceu na administração ainda embrionária, quando Maurílio Manteiga deixou o governo depois de brigar com Antônio Neiva. Maurílio era secretário de Articulação Política e Neiva era coordenador de Articulação Política. Como óleo e água, não se misturavam e Maurílio pediu para deixar o governo quando a administração estava no seu terceiro mês. Mas quem não lembra da crise Itamar Serpa, que foi eleito vice-prefeito, mas preferiu não assumir e até hoje é adversário de Lindberg.
Nessa sucessão de crises, não poderíamos deixar de lembrar a que está acontecendo na Saúde. A turma da cidade não aguenta mais a chamada "República de Volta Redonda", que tem como líder a secretária Sueli Pinto. Cátia Grifo, secretária-adjunta que no início do governo tinha o poder na caneta, hoje está na geladeira e não consegue boa relação com a turma de Volta Redonda. Essa turma atribui a ela o vazemento de informações da pasta e por essa razão tratam-na com certa distância. Sua permanência no cargo está ligada ao PCdoB, que banca a secretária-adjunta.
Outras crises também estão na memória deste BLOG. Wazdas foi secretário de Trabalho e não está mais por aqui. Luiz Henrique Zannetta, de Urbanismo e Meio Ambiente, causou muitos problemas quando estava na administração. Sua propotência era tanta que os vereadores governistas não deixavam de criticá-lo a cada sessão plenária. Também deixou o governo e voltou para São Paulo. Teve a crise da saída, no diário oficial, de Francisco de Souza, que era secretário de Fazenda. Rumores dão conta que a saída de Francisco foi devido a briga interna, mas outros afirmam que ele tem o controle político da pasta e dá expediente no Apart Hotel Mont Blanc.
Outro que já mandou no governo, mas que agora está na geladeira no cargo de secretário-adjunto é Eduardo Pacheco Giannetti. Ele era o bambambam do Trânsito, mas agora fica "pianinho" na secretaria adjunta. Quem está manda agora é Leandro Cruz. A geladeira em Giannetti tem os mesmo requintes que motivaram a saída de Francisco de Souza, ou seja: briga interna e crise.
Nessa avalanche de crises, apesar de ter saído para governar Paracambi, também tem a do ex-secretário de Governo, André Ceciliano. Ele teria sido citado por Luiz Antônio Vedoin e Lindberg Farias não moveu uma pallha para defendê-lo. Após seu nome ter sido supostamente citado, ele fez uma reunião com alguns vereadores e desceu a lenha em Lindberg Farias.
Outra crise que merece ser lembrada é a de Éverson Cláudio. Um dos camaradas que mais lutou defendendo o nome de Lindberg como o candidato do PT no município, chegou a ser citado como o titular da Ouvidoria Municipal. Hoje, ele não está mais no governo e é um militante do P-SOL.
Enfim, só Lindberg Farias não percebe que as crises no seu governo são como ondas na praia: uma após a outra. É por essa razão que este BLOG diz que a administração perde mais tempo apagando incêndios, que governando para a cidade. O mesmo modelo de correntes fragmentadas que fez do PT uma "cortina de retalhos", se alojou nesta administração. As cosnpirações internas, o jogo do poder e a disputa da vaidade agem como ferrugens, carcomento o reinado de quem um dia já foi visto como príncipe.
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