Sugestão

Procura-se um novo secretário de Saúde? Esta frase deveria permanecer fixada em um cartaz apregoado na porta da Prefeitura de Nova Iguaçu. É que, de crise em crise, já chegamos ao número de cinco secretários que passaram pela pasta.
Não bastasse isso, podemos dizer que o atual secretário, Henrique Johnson Buarque, está por um fio. Mas, o problema no setor de saúde era para não acontecer, segundo avalia o vereador Cláudio Cianni, que já foi subsecretário municipal de Saúde, é médico e major do Corpo de Bombeiros.
Cianni conta que em seus contatos com os eleitores, a reclamação mais frequente é sobre esse setor. Isso reflete essa falta de uma política contínua para a saúde. Cada secretário que passou tinha visão diferente de como administrar a pasta. Fora isso, seus respectivos imediatos, eram pessoas diferentes. Passou Valcler Rangel Fernandes, passou Gláucia Boon, passou Sueli Pinto, passou Marli de Freitas e agora o Henrique Johnson é o próximo "passarinho", como diria Mario Quintana.
Cada secretário tem CPF e impressão digital própria, o que prova que são pessoas diferentes, com pensamentos diferentes e reações diferentes. Neste sentido, tudo nos leva a crer que não houve e não há uma política continuada. No caso da máquina da saúde, a engrenagem está com os seus dentes quebrados. Óbvio: não funciona e se assim continuar, não funcionará.
Se na cidade do Rio de Janeiro a falta de Seguranção Pública é uma das maiores reclamações da população, em Nova Iguaçu é a Saúde. A prestação de serviços na Saúde, hoje, apesar do aumento dos repasses do governo federal, é pior que no passado. Explico, leitor: pior que no passado, pois no passado não tinha remédios e material para trabalho, mas o governo alegava falta de recursos. No caso da Saúde está pior hoje, é que não há remédios e material para trabalho, mas o governo não para de teimar em dizer que estão chegando mais recursos e anuncia, a cada dia, com direito a pirotecnia, que está fazendo reformas.
Enquanto o prefeito Lindberg Farias não assumir que falhou na política da saúde, política administrativa que ele anunciava com entusiasmo em sua campanha para prefeito, levará ao eleitor o sentimento de que está sendo engado, o que piora a situação. Portanto, fica aqui a sugestão: Prefeito, assuma que a Saúde está ruim, assumindo com alguém em definitivo na pasta.