A secretária de Educação, Marli de Freitas, deixará a pasta, provavelmente, na próxima semana. Ela vai ocupar a sua vaga na Câmara.
2 comentários:
Anônimo
disse...
Olá Almeida. Olá Claudinha. Olá BLOG.
DESPEDIDA (sem preocupação com erros de digitação)
Quero agradecer as diversas oportunidades de fazer considerações neste BLOG, mas como agora se aproxima o período eleitoral, eu vou parar de escrever por aqui. Todo mundo é tendencioso e isto é inevitável, eu também sou. Mas neste exato momento quero estar distante desta disputa iguaçuana como sempre quis, muito embora, este direito me tenha sido negado o tempo todo. Esta disputa promete ser bem acirrada e cheia de “vale tudo”. Quero esclarecer algumas críticas que fiz ao governo desta cidade e da gestão da SEMUS-NI com um último olhar, com um olhar mais estudioso. Espero que seja uma última contribuição para quem não tem poder e para quem tem em Nova Iguaçu, numa leitura do fenômeno do poder e seu impacto sobre a pessoa, sobre a indentidade. Mas, como não anseio ao poder, me despeço deste instrumento de mídia, e, sendo assim, não tenho porque tecer mais comentários. Serei sempre grato à vocês pela oportunidade de minha defesa, como cidadão.
A MANUTENÇÃO NO PODER E O IMPACTO SOBRE AS IDENTIDADES.
Para o psicanalista Lacan, a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais. Observamos que se muda para uma verdadeira oposição de si mesmo, antes do poder. Ocupar o poder dá um sentido interiormente diferente às paixões, aos desígnios, e ao próprio desconhecimeno em relação ao todo e sobre si mesmo... este desconhecimento sobre sí mesmo traz instabilidade pessoal e uma sensação de ameaça, pois a ocupação do poder trouxe um desconhecido para si próprio. Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço". Procurará convencer de qualquer forma os que forem julgados rebeldes em sua verdade Exclusiva e/ou Absoluta. Neste exato momento qualquer estratégia passa a ser válida para o detentor do poder. Isto o torna um perigo em potencial para quem estiver próximo. Naturalmente que esse se ver “rei” estará diretamente ligado às “Expressões de Poder” recebidas pela nossa educação, relações afetivas, meio cultural e ainda, linha ideológica do Partido Político de agregação. Aquilo que recebemos em relação de poder sobre nós e próprio entendimento, devolvemos na “ocupação do poder”. Sob esse ponto de vista, observa-se que o poder faz o ocupante perder a própria identidade original e assumir outra, contornada pela "fôrma" do próprio poder. Os cargos executivos dos sistema democrático, tem uma fôrma própria, um lugar que marca uma certa diferença em quem a ocupa em relação aos cargos de segundo escalão. Estas pequenas autoridades, mas com algum poder, costumam ter atitudes mais protofascistas que as grandes. Por sentirem-se próximas do poder são mais propensas a "vender sua alma ao diabo" que as grandes na expectativa de ocupação. Este fenômeno do poder geralmente conduz ao narcisismo, revelado na auto-admiração (o amor a si e aos seus feitos), na recusa em aceitar o que vem dos outros e no gozo que ele extrai do poder, que, levado ao extremo poderia revelar loucura. O poder é uma questão de sobrevivência, pois na contra-posição de despoderado está sua necessidade de defesa e condição de ameaçado. As reações podem ser as mais diversas possíveis, e com certeza, são imprevisíveis, O poder leva à desidentificação com os antigos amigos trazendo a necessidade de novas relações ou ainda de eliminação (dos antigos amigos). Sabendo-se que aqueles que apoiaram chegar ao poder, transformam-se em arquivos vivos dos seus defeitos. Me despeço de tecer comentários, não porque me desindentifiquei com antigos amigos, pois nunca tive poder! Continuo identificado com quem sempre me identifiquei e desendentificado com quem sempre fui desse modo. Mas, para me proteger de meus amigos que tem poder, já que se desidentificaram comigo e assim, represento uma ameaça como arquivo de seus defeitos e me enxergam como inimigo! Muitas vezes, o governo desta cidade me pareceu sem lógica. Mas, não: refaço essa visão. Com esse olhar que teci, baseado em diversos estudiosos...tem lógica sim! A lógica de toda ocupação do poder! Eu creio que com o passar do tempo o gerenciamento deste impacto sobre a pessoa vai melhorando na medida que a ocupação do poder for lenta e claro, tendo tempo de reprocessar a identidade original e se despojando do absolutismo de uma verdade que é "a prática se torna o critério da verdade" ( L. Feurbach).
REFERENCIAS Jacques Lacan, psicanalista francês, que propôs o retorno à leitura da obra de S. Freud. Cf.: Seminário 1. Ed. Zahar, 1979, p. 318. Max Weber define que o "poder é toda chance, seja ela qual for de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contar a relutância dos outros". Para M. Foucault, nas duas obras, Vigiar e Punir e Microfísica do poder, faz uma genealogia do poder. Constata que o poder se exerce na sociedade não apenas através do Estado e das autoridades formalmente constituídas, mas de maneiras as mais diversas, em uma multiplicidade de sentidos, em níveis distintos e variados, muitas vezes sem nos darmos conta disso. [3] Etienne La Boétie, filósofo francês, autor do Discurso da Servidão Voluntária. Cf.: Brasiliense, 1982. [4] O rei George III reinou na Inglaterra no séc. 18 Ficou louco devido a uma doença, a porfiria, desconhecida na época. Começou o ano eleitoral! Até um dia.
Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado que temido? O autor de "O príncipe" respondeu que "os dois, mas se houver necessidade de escolha, é melhor ser temido do que amado".
A super super, infelizmente, não virou fumaça, como é o desejo de todos os trabalhadores conscientes e dos cidadãos, que têm o direito de cobrar o exercício coerente dos gestores. E quem a sucede, é bom ter cuidado: ela deixa toda a assessoria de penduricalhos incompetentes, que volta e meia, semeiam armadilhas e sabotam o trabalho dos novos secretários; afinal, não se pode acender velas para dois senhores... Mas ela não vai encontrar bom clima lá na Câmara, não.
2 comentários:
Olá Almeida.
Olá Claudinha.
Olá BLOG.
DESPEDIDA
(sem preocupação com erros de digitação)
Quero agradecer as diversas oportunidades de fazer considerações neste BLOG, mas como agora se aproxima o período eleitoral, eu vou parar de escrever por aqui. Todo mundo é tendencioso e isto é inevitável, eu também sou. Mas neste exato momento quero estar distante desta disputa iguaçuana como sempre quis, muito embora, este direito me tenha sido negado o tempo todo. Esta disputa promete ser bem acirrada e cheia de “vale tudo”.
Quero esclarecer algumas críticas que fiz ao governo desta cidade e da gestão da SEMUS-NI com um último olhar, com um olhar mais estudioso. Espero que seja uma última contribuição para quem não tem poder e para quem tem em Nova Iguaçu, numa leitura do fenômeno do poder e seu impacto sobre a pessoa, sobre a indentidade.
Mas, como não anseio ao poder, me despeço deste instrumento de mídia, e, sendo assim, não tenho porque tecer mais comentários. Serei sempre grato à vocês pela oportunidade de minha defesa, como cidadão.
A MANUTENÇÃO NO PODER E O IMPACTO SOBRE AS IDENTIDADES.
Para o psicanalista Lacan, a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais. Observamos que se muda para uma verdadeira oposição de si mesmo, antes do poder.
Ocupar o poder dá um sentido interiormente diferente às paixões, aos desígnios, e ao próprio desconhecimeno em relação ao todo e sobre si mesmo... este desconhecimento sobre sí mesmo traz instabilidade pessoal e uma sensação de ameaça, pois a ocupação do poder trouxe um desconhecido para si próprio. Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço".
Procurará convencer de qualquer forma os que forem julgados rebeldes em sua verdade Exclusiva e/ou Absoluta. Neste exato momento qualquer estratégia passa a ser válida para o detentor do poder. Isto o torna um perigo em potencial para quem estiver próximo.
Naturalmente que esse se ver “rei” estará diretamente ligado às “Expressões de Poder” recebidas pela nossa educação, relações afetivas, meio cultural e ainda, linha ideológica do Partido Político de agregação. Aquilo que recebemos em relação de poder sobre nós e próprio entendimento, devolvemos na “ocupação do poder”.
Sob esse ponto de vista, observa-se que o poder faz o ocupante perder a própria identidade original e assumir outra, contornada pela "fôrma" do próprio poder. Os cargos executivos dos sistema democrático, tem uma fôrma própria, um lugar que marca uma certa diferença em quem a ocupa em relação aos cargos de segundo escalão. Estas pequenas autoridades, mas com algum poder, costumam ter atitudes mais protofascistas que as grandes. Por sentirem-se próximas do poder são mais propensas a "vender sua alma ao diabo" que as grandes na expectativa de ocupação. Este fenômeno do poder geralmente conduz ao narcisismo, revelado na auto-admiração (o amor a si e aos seus feitos), na recusa em aceitar o que vem dos outros e no gozo que ele extrai do poder, que, levado ao extremo poderia revelar loucura.
O poder é uma questão de sobrevivência, pois na contra-posição de despoderado está sua necessidade de defesa e condição de ameaçado. As reações podem ser as mais diversas possíveis, e com certeza, são imprevisíveis, O poder leva à desidentificação com os antigos amigos trazendo a necessidade de novas relações ou ainda de eliminação (dos antigos amigos). Sabendo-se que aqueles que apoiaram chegar ao poder, transformam-se em arquivos vivos dos seus defeitos.
Me despeço de tecer comentários, não porque me desindentifiquei com antigos amigos, pois nunca tive poder! Continuo identificado com quem sempre me identifiquei e desendentificado com quem sempre fui desse modo. Mas, para me proteger de meus amigos que tem poder, já que se desidentificaram comigo e assim, represento uma ameaça como arquivo de seus defeitos e me enxergam como inimigo!
Muitas vezes, o governo desta cidade me pareceu sem lógica. Mas, não: refaço essa visão. Com esse olhar que teci, baseado em diversos estudiosos...tem lógica sim! A lógica de toda ocupação do poder! Eu creio que com o passar do tempo o gerenciamento deste impacto sobre a pessoa vai melhorando na medida que a ocupação do poder for lenta e claro, tendo tempo de reprocessar a identidade original e se despojando do absolutismo de uma verdade que é "a prática se torna o critério da verdade" ( L. Feurbach).
REFERENCIAS
Jacques Lacan, psicanalista francês, que propôs o retorno à leitura da obra de S. Freud. Cf.: Seminário 1. Ed. Zahar, 1979, p. 318.
Max Weber define que o "poder é toda chance, seja ela qual for de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contar a relutância dos outros". Para M. Foucault, nas duas obras, Vigiar e Punir e Microfísica do poder, faz uma genealogia do poder. Constata que o poder se exerce na sociedade não apenas através do Estado e das autoridades formalmente constituídas, mas de maneiras as mais diversas, em uma multiplicidade de sentidos, em níveis distintos e variados, muitas vezes sem nos darmos conta disso.
[3] Etienne La Boétie, filósofo francês, autor do Discurso da Servidão Voluntária. Cf.: Brasiliense, 1982.
[4] O rei George III reinou na Inglaterra no séc. 18 Ficou louco devido a uma doença, a porfiria, desconhecida na época.
Começou o ano eleitoral! Até um dia.
Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado que temido? O autor de "O príncipe" respondeu que "os dois, mas se houver necessidade de escolha, é melhor ser temido do que amado".
Bom, eu prefiro ser amado !
Flaminio Freitas.
A super super, infelizmente, não virou fumaça, como é o desejo de todos os trabalhadores conscientes e dos cidadãos, que têm o direito de cobrar o exercício coerente dos gestores. E quem a sucede, é bom ter cuidado: ela deixa toda a assessoria de penduricalhos incompetentes, que volta e meia, semeiam armadilhas e sabotam o trabalho dos novos secretários; afinal, não se pode acender velas para dois senhores... Mas ela não vai encontrar bom clima lá na Câmara, não.
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