13.2.08

2008

Enfim, voltamos aos trabalhos em um ano eleitoral. Ano esse que, aliás, será decisivo na imagem da carreira política do Lindberg Farias e do deputado federal Nelson Bornier. Quem quer que perca a batalha eleitoral levará, em sua imagem política, a pecha de derrotado, fato que vai atingir as imagens deles.
O que está em jogo, tanto para Bornier quanto para Lindberg, não é apenas a disputa pela administração da prefeitura. O que está em jogo, sim, é a disputa de quem tem o reinado eleitoral em Nova Iguaçu.
Ambos contam com a máquina. Bornier com o apoio do Estado e Lindberg a Prefeitura e seus PACs e Bolsa-Famílias, aditivos do governo Federal.
Se Lindberg consegue a reeleição, derrotando Nelson Bornier, ele terá dado um grande passo em direção ao seu projeto de se credenciar para disputar o governo do Estado, em 2010. Mas isso depende do resultado da influência de Cabral em ajudar a eleger alguns prefeitos, sobretudo na Baixada Fluminense. Porém, se derrotado, Lindberg amargará o ócio, seu papo terá bócio e seu projeto virará fóssil.
Se Bornier consegue a reeleição, se firma como o aspecto de ACM iguaçuano. Será, na história dessa cidade, um fenômeno eleitoral, talvez passando a governar por dinastia, preparando seu filho como herdeiro futuro. Porém, se Bornier perder, seu potencial eleitoral será atingido. Será a sua primeira grande derrota em uma disputa e, conseqüentemente, terá o um Lindberg fortalecido em seu principal reduto eleitoral.
O que está para acontecer em Nova Iguaçu, nos próximos dias, embalado por campanhas que se desenham acirradas, é mais que a simples disputa eleitoral. É a disputa do Poder e do Projeto. Nesta guerra por votos, somente a derrota apertada sobrará de alento para o derrotado.

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